Além de participar da cerimônia de de um projeto de Lei para tornar crime hediondo os ataques contra escolas no Brasil, o prefeito de Blumenau, no Vale do Itajaí, Mário Hildebrandt (Podemos), também se reuniu com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar. O encontro aconteceu em Brasília, durante esta sexta-feira (21).

No encontro com o secretário e sua equipe, o prefeito apresentou o projeto que Blumenau havia inscrito na busca por recursos, para apoio nas ações de combate e prevenção à violência nas escolas. Hildebrandt explica que solicitou a reunião pessoalmente com Alencar, pois o projeto apresentado pelo município ao Governo Federal havia sido recusado.
“Nossa primeira informação foi sobre a negativa da vinda dos recursos para Blumenau e a reunião foi fundamental para que o secretário e sua equipe entendessem a importância do que Blumenau estava solicitando. É triste demais tratarmos do ocorrido apenas após a tragédia. Nossa cidade aprendeu na dor ao longo dos anos que planejamento é necessário no combate a tragédias e somos referência para o Brasil nesse sentido. O mesmo faremos com o triste episódio que tivemos na creche: na dor seguiremos lutando por justiça e preparando nossas crianças, professores e equipes para que saibam lidar com situações de crise como aquela”, esclareceu o prefeito.
Outras pautas da visita em Brasília 6f4q3t
A viagem do prefeito de Blumenau até a capital federal foi a convite do Governo Federal para que ele fizesse parte da mesa de autoridades, na solenidade realizada na manhã de sexta-feira (21) no Palácio do Planalto. No ato, acompanhado do ministro da Justiça Flávio Dino, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a proposta da criação de uma Lei que reconheça como crime hediondo os ataques em escolas do Brasil.

Se aprovado pela Câmara Federal, o projeto aumenta em 20% a pena para crimes dessa natureza. Para o prefeito, a etapa é o primeiro o na luta por justiça.
“Foi meu compromisso com as famílias e é bom saber que estamos sendo ouvidos pelas autoridades em Brasília. Esperamos esse mesmo entendimento na Câmara e no Senado para a aprovação do projeto o quanto antes. É o luto transformado em luta, que as famílias e a cidade têm usado para honrar o nome das quatro crianças”, destacou.
Relembre o caso 2i3m4n
No dia 5 de abril, a Creche Cantinho Bom Pastor, no bairro da Velha, foi alvo de um ataque que matou quatro crianças e deixou outras cinco feridas.
Um homem de 25 anos pulou o muro da instituição e tirou a vida das crianças ao agredi-las com uma machadinha. Em coletiva, o governo do Estado confirmou que o homem tinha outras quatro agens pela polícia, entre elas por tentar esfaquear o padrasto. Ele se entregou à polícia logo após cometer o crime.
O ND+ não irá publicar os nomes do autor e das vítimas do ataque, assim como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o protagonismo de criminosos.