Estado que concentra amplo apoio político-eleitoral à corrente bolsonarista, Santa Catarina observa com interesse especial as movimentações pela definição do candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro. Depois da filiação ao PL, o presidente voltou o foco para a composição da chapa.
A escolha do vice é tão delicada quanto a escolha do partido, marcada por idas e vindas. O presidente sabe que qualquer o em falso pode prejudicar o projeto de reeleição. Ao mesmo tempo em que gostaria de acelerar o anúncio da candidatura, mantém um tom de cautela.
“Se você anuncia um vice muito cedo, de tal partido, os outros ficam chateados contigo”, disse Bolsonaro recentemente.
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O caminho mais provável é que Bolsonaro filie alguém de sua confiança a uma das siglas do Centrão.
A aliança eleitoral esboçada inclui PL, PP, PTB e Republicanos.
Maior dos quatro, o PP é favorito para ter a posição de vice.
Seus trunfos são: peso em termos de estrutura nacional, tempo de exposição em rádio e TV e verbas dos fundos eleitoral e partidário.
O Republicanos “corre por fora”.
Bolsonaro deve buscar um nome dentro do ministério.
Se confirmar a opção, o titular precisa deixar o cargo até 2 de abril, prazo estipulado pela lei eleitoral.
Há pelo menos quatro nomes cotados:
- Ministro da Defesa, Walter Braga Netto;
- Ministro das Comunicações, Fabio Faria;
- Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves;
- Presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Sinais trocados v4y2i
O vice pode ser um militar, ou não. Talvez até continuar o mesmo, ou não.

O presidente já declarou que estava trabalhando a opção de “um general de quatro estrelas”.
Também emitiu sinais trocados a respeito do atual vice, Hamilton Mourão (PRTB), antes dado como peça descartada, e que poderia continuar na composição.
Aliados defendem, em vez de um militar, um nome vindo de outro segmento da sociedade. O perfil seria uma mulher, evangélica e nordestina.
O próprio Bolsonaro já disse também que pretendia um vice capaz de agregar votos e que o ideal seria “um nordestino ou mineiro”.
Colaborou Felipe Frazão do Estadão Conteúdo