“La Marseillaise”, o hino oficial da França, é interpretado e cantado há mais de 228 anos, sem que algum francês ouse sequer sugerir qualquer alteração ou substituição.
Foi composto pelo capitão do Exército Francês, Joseph Rouget de Lisle, em 1792, depois que as tropas da Prússia e da Áustria invadiram a França para reprimir a Revolução sa.
A música recebeu o título de “Canto de Guerra para o Exército do Reno”, visando motivar os soldados ses a lutarem em defesa de seu país. Cantada com vibração pelos militares ses quando chegaram em Paris, a música ganhou adesão e empolgação popular. E virou hino nacional.
O Hino de Santa Catarina é datado de 1892, sendo oficialmente adotado por ato do governador Hercílio Luz em 6 de setembro de 1895, como mais um instrumento de consolidação da República no Estado.
Foi escrito pelo poeta e jornalista Horário Nunes Pires e musicado por José Brazilício de Souza. Foi composto para celebrar o fim da escravidão no Brasil.
No governo Luiz Henrique da Silveira chegou a ser examinado concretamente projeto que pretendia mudar o Hino de Santa Catarina, ideia defendida pelo falecido padre Ney Brasil e oficializada pelo deputado Gilmar Knaesel.
Mereceu um verdadeiro bombardeio do Conselho Estadual de Cultura e da Academia Catarinense de Letras.
O polêmico tema voltou ao debate hoje durante audiência pública na Assembleia Legislativa, onde tramita projeto do deputado Ivan Naatz, do PL, propondo mudanças.
O que falta é divulgar mais e intensamente a primeira e última estrofes do Hino, para criar uma consciência cívica e educativa.
Hino não se muda. Canta-se, interpreta-se, divulga-se e celebra-se nos acontecimentos oficiais, esportivos e culturais.
