Há duas frases do escritor, professor, filósofo e crítico literário italiano Umberto Eco que sempre me põem em alerta. A primeira, sobre internet: “As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis.”

A outra é sobre corrupção: “Hoje, quando afloram os nomes de corruptos e fraudadores, as pessoas não se importam com isso, e só vão para a cadeia os ladrões de galinhas.”
Segue a declaração de Bolsonaro à Nação: “No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como presidente da República, vir a público para dizer:
1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.
2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.
3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder não têm o direito de “esticar a corda” a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.
4. Por isso, quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do ministro Alexandre de Moraes.
6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no artigo 5o da Constituição Federal.
7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.
8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.
9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles. 10.
Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil. Deus, Pátria, Família”.
Verba volant, scripta manent, como certa vez escreveu Michel Temer à então presidente Dilma Rousseff. Um provérbio em latim que se traduz como “palavras faladas voam para longe, palavras escritas permanecem” ou, simplesmente, “as palavras voam, os escritos ficam”. Temer, curiosamente, foi novamente decisivo no que ou escrito para a história.
Pode-se dizer nas redes sociais e nos bares da vida o que quiser, mas é irrepreensível as palavras que am para a história. E quando de quem se espera um novo rompante vem a serenidade e o estadismo que tanto se cobrava, o desespero toma conta dos que preferem a corrupção. Está na hora de ter orgulho de ser honesto e brasileiro! #Deus #pátria #família