O prefeito de Kiev, Vitaliy Klychco, revelou que aconteceram cinco explosões em Kiev na noite de sexta-feira (25) (Ucrânia está cinco horas a frente do Brasil no fuso horário).
“Amigos! A situação agora é ameaçadora para Kiev, sem exageros”, escreveu numa rede social.
O político revelou que aconteceram cinco explosões em Kiev num intervalo entre três e cinco minutos. “Os serviços de emergência seguem para o local. Vamos descobrir os detalhes”.

Klychco deu alguns detalhes sobre o que está acontecendo na cidade. Segundo ele, grupos de sabotagem russos neutralizaram as agências militares locais e também a polícia de Kiev. “Pontes estão sob proteção e controle especial na capital.”
Em suas postagens, o prefeito pede a ajuda da população: “Instale blocos que bloqueiem o tráfego perto de instalações estratégicas da capital. Estamos fazendo isso para proteger Kiev”.
O político acrescenta que há reforço a caminho: “Também gostaria de informar que a 112ª Brigada de Defesa Territorial de Kiev já está 100% equipada para defender a capital do agressor iminente”.
Explosion sounds in #Kyiv, video from Troieshchyna pic.twitter.com/901uB8Be5f
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) February 25, 2022
Klychco informou que os hospitais de Kiev estão em funcionamento e que priorizam nesse momento casos emergenciais. Lembrou também que os bancos de sangue estão em atividade 24 horas por dia e que precisam de doadores.
“A cidade está fazendo de tudo para garantir suprimentos de sangue suficientes. E pelo abastecimento ininterrupto das instituições médicas da capital. Muitos kievitas responderam ao nosso chamado para doar sangue. E sou muito grato a eles por isso. Acreditamos nas Forças Armadas da Ucrânia, em nosso estado e acreditamos em nós mesmos! Glória à Ucrânia!”
Otan quer evitar avanço russo 425o1i
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, afirmou que as tropas de resposta da entidade serão deslocadas para países aliados do grupo para evitar o avanço da Rússia pelo continente europeu.

Segundo ele, essa é uma “medida preventiva” que visa conter qualquer nova tentativa de invasão do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Em relação à Ucrânia, que não integra a Otan e está sendo atacada desde quinta-feira (24), Stoltenberg afirmou que todos os países que participaram da reunião nesta sexta, em Bruxelas (BEL) declararam total apoio ao país e vão continuar acompanhando o desdobramento da guerra para agirem, caso seja necessário. “A decisão de Putin foi um erro terrível e terá consequências nos próximos anos.”
“Estamos aumentando nossa presença no Leste Europeu não para provocar, mas para prevenir um conflito ainda maior”, explicou.
“O povo russo tem que saber que a guerra na Ucrânia não vai fazer a Rússia ser mais respeitada no mundo”, afirmou Stoltenberg, acrescentando que o país sofrerá com sanções e perda de força internacional.
Ele explicou que países do leste da Europa começarão a receber ajuda militar “em alguns dias”. “Estamos mobilizando elementos da força de resposta da Otan no ar, na terra e no mar para reforçar ainda mais nossa capacidade de reação.”
“Temos mais de 100 aviões operando em alerta máximo em mais de 30 locais.” Ele citou ainda 20 navios, porta-aviões e milhares de combatentes. “Não estamos mobilizando a força inteira, mas boa parte de nossa equipe de resposta”, disse o secretário-geral.
50 mil em menos de 48 horas i5g1s
Mais de 50 mil ucranianos fugiram de seu país desde o início da invasão russa, informou o alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi.

“Mais de 50 mil refugiados ucranianos fugiram de seu país em menos de 48 horas, a maioria em direção a Polônia e Moldova. E muitos outros se dirigem para as fronteiras”, tuitou Grandi, que na véspera informou que o conflito já tinha deixado cerca de 100 mil deslocados internos na Ucrânia por causa do conflito.
*Colaboraram AFP, Portal R7 e Agência Brasil