
A Corregedoria da Câmara dos Deputados encaminhou pedido à Mesa Diretora da Casa recomendando a suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), depois do parlamentar ter proferido insultos à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O pedido de suspensão cautelar do mandato do deputado foi recebido pelo Conselho de Ética, e pode resultar numa punição de até seis meses fora do exercício do cargo.
O documento da Corregedoria aponta que o deputado Gilvan da Federal teria ofendido a ministra durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, realizada esta semana, quando o deputado associou a ministra ao apelido de “amante”.
Gilvan da Federal teria afirmado que a pessoa com esse apelido devia “ser uma prostituta do caramba”. O documento deverá ser analisado pelo Conselho de Ética nos próximos dias, e caso o colegiado não se manifeste, a matéria deverá ser levada para análise do Plenário.

Tanto o deputado Gilvan da Federal quanto a Mesa Diretora têm a possibilidade de recorrer de uma eventual decisão do Conselho de Ética. O pedido de providências contra o deputado foi discutido na última reunião de líderes com o presidente da Casa, Hugo Mota (Republicanos-PB), segundo relatou o líder do PT, Lindbergh Farias.
O deputado, que é casado com a ministra Gleisi, e assim que ela foi nomeada para a Secretaria de Relações Institucionais chegou a ser chamado de “primeiro-damo”, numa brincadeira de parlamentares; disse que o Partido dos Trabalhadores também pedira a cassação do mandato de Gilvan da Federal ao Conselho de Ética.
Antes de Gleisi, Gilvan da Federal disse que queria que Lula morresse 1e6m6s
Esta não foi a primeira vez que o deputado Gilvan da Federal se envolveu em polêmicas e desagradou principalmente a bancada de esquerda na Câmara dos Deputados. Relator de um projeto que prevê desarmar a segurança pessoal do presidente, aprovado na Comissão de Segurança Pública, o parlamentar atacou Lula.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos”, declarou Gilvan da Federal.
