A visita do ex-presidente Michel Temer a Santa Catarina insere-se dentro de uma estratégia de lideranças do MDB visando recuperar o histórico protagonismo no cenário político catarinense.
O partido conquistou o governo estadual em quatro oportunidades, uma com Pedro Ivo Campos em 1986, com Paulo Afonso Vieira em 1994 e duas com Luiz Henrique da Silveira, em 2002 e 2006. Ajudou a eleger Raimundo Colombo, indicando o vice Eduardo Moreira em 2010 e 2014. E de lá para cá perdeu prestígio e presença na majoritária. Pior: Ficou fora do segundo turno em 2018 com Mauro Mariani e indicou o vice de Carlos Moisés, para sofrer nova derrota em 2022.
Históricos do partido constatam uma realidade singular. No plano nacional, o MDB integra o governo Lula com ministros e presença em cargos federais. No estadual, conta com o secretário Jerry Comper na Secretaria da Infraestrutura, além de outras posições. Assim, viverá um drama shakespeareano de ser ou não ser governo nas próximas eleições.
Michel Temer anda meio apagado nos últimos anos, mantendo uma postura discreta, sem envolver-se em militância, como itiu durante sua permanência em Florianópolis. No máximo, apoiará a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB.
A visita estava definida pela ADVB-SC há mais de um mês. O MDB aproveitou a viagem para aprovar a concessão do título de cidadania ao líder nacional.
O ex-presidente tem credenciais para ofereer. O Brasil deve à sua gestão a reforma da previdência, o teto de gastos, a lei das estatais, a reforma do ensino, com um saldo robusto para dois anos de gestão.
A síntese de suas falas em Santa Catarina priorizou a defesa da pacificação nacional, contra o atual cenário de radicalização e mais diálogo politico, uma de suas principais marcas e qualidades.
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