Vereadores vetam Parada da Diversidade e Dia do Orgulho LGBT em Blumenau c4b25

Projeto tinha sido aprovado em março, mas foi vetado integralmente pelo prefeito; o veto foi mantido durante sessão desta terça-feira (16) por 6 votos a 4

A Câmara de Vereadores de Blumenau manteve, por 6 votos a 4, o veto integral do prefeito Mário Hildebrandt (PSB) ao projeto de Lei nº 7.543/2017, proposto pelo vereador Lenilso Silva (PT), para instituir o Dia do Orgulho LGBT e incluir a Parada da Diversidade no calendário oficial do município, no dia 28 de junho.

A proposta tinha sido aprovada em março, mas foi vetada integralmente pelo prefeito. O veto foi mantido em votação na sessão na tarde desta terça-feira (16).

O vereador Marcos da Rosa (DEM) parabenizou o prefeito pelo veto ao dia do Orgulho LGBT  – Reprodução/Imprensa CMBO vereador Marcos da Rosa (DEM) parabenizou o prefeito pelo veto ao dia do Orgulho LGBT  – Reprodução/Imprensa CMB

“Parabenizo o prefeito por esse veto que queria instituir o dia do orgulho LGBT em Blumenau. Apenas para esclarecer que quando o projeto entrou na Câmara solicitei ao presidente que registrasse em ata o meu voto não. Faço isso para corrigir uma maldade que fizeram e editaram um vídeo em que ele teria votado a favor”, afirmou o vereador Marcos da Rosa (DEM).

O vereador Bruno Cunha (PSB), que é homossexual, votou contra o veto e disse que o prefeito deveria ter vetado a proposta parcialmente – Reprodução/Imprensa CMBO vereador Bruno Cunha (PSB), que é homossexual, votou contra o veto e disse que o prefeito deveria ter vetado a proposta parcialmente – Reprodução/Imprensa CMB

O vereador Bruno Cunha (PSB), que é homossexual, defendeu que o veto ao projeto deveria ter sido apenas parcial.

Na tribuna, ele disse ser criticado por pessoas mais radicais por não defender as bandeiras LGBT o tempo todo, mas disse que escolheu estar na vida pública para ser analisado pelas ideias, e não pela sexualidade, que afirma ser uma questão da vida privada que merece respeito.

“O prefeito deveria ter feito um veto parcial e não total. Entendo quando ele diz que o projeto criaria uma obrigatoriedade da realização da Parada da Diversidade, o que estaria ultraando condições legais e criando um custo direto ou indireto para o município. Agora, do outro lado, o veto em relação ao dia é um equívoco. Por exemplo, nós temos o Dia da Cuca. Então se há tantas datas assim não tem porque não ter um dia do orgulho LGBT. Não é um projeto que eu apresentaria, mas entendo o simbolismo disso”, disse o vereador Bruno Cunha.

Os outros vereadores não se manifestaram na tribuna. A matéria entrou na ordem do dia por meio do requerimento do vereador Jovino Cardoso (PROS), e foi analisada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Com o resultado da votação, o projeto foi arquivado.

Votos a favor do veto integral

Alexandre Matias (PSDB)
Cezar Cim (PP)
Jens Mantau (PSDB)
Jovino Cardoso (PROS)
Marcos da Rosa (DEM)
Sylvio Zimmermann (PSDB)

Votos contrários ao veto

Adriano Pereira (PT)
Alexandre Caminha (PP)
Bruno Cunha (PSB)
Ito de Souza (PR)

Abstenções

Oldemar Becker (DEM)
Zeca Bombeiro (SD)

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