
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a remoção de perfis ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), inclui uma conta que chamou atenção por um motivo diferente: a publicação de um vídeo pornográfico da cantora MC Mirella.
Divulgada nesta quarta-feira (4), a decisão ordena que plataformas como Gettr, Meta (Facebook e Instagram), LinkedIn, TikTok, X (antigo Twitter), Telegram e YouTube removam em até duas horas um total de 11 perfis apontados como relacionados direta ou indiretamente à parlamentar. Caso a ordem não seja cumprida, as empresas estarão sujeitas a multa diária de R$ 100 mil.
Entre os perfis listados por Moraes, está uma conta na rede X que não tem seguidores e cuja única publicação é o vídeo explícito da funkeira.
O nome de usuário da conta é antigo e pode sinalizar que o endereço tenha sido utilizado por terceiros após a deputada deixar de usá-lo. Ainda assim, o perfil foi incluído na decisão por estar vinculado ao nome da parlamentar.

A inclusão da conta na decisão quer evitar de que os perfis possam ser utilizados para desinformação, fraudes ou para confundir os usuários sobre a identidade digital da deputada. Moraes também solicitou a retirada de perfis que usam os nomes da mãe e do filho de Zambelli.
Além da derrubada dos perfis, a resolução do STF também determina a prisão preventiva de Carla Zambelli, o bloqueio de suas contas bancárias, bens e imóveis, além da inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol.
Ainda na data de hoje, o deputado italiano Angelo Bonelli divulgou um vídeo nas redes sociais em que exige respostas urgentes do governo da Itália sobre a extradição de Zambelli. No vídeo, Bonelli afirma que a parlamentar estaria utilizando sua cidadania italiana para fugir da Justiça brasileira.
O que Carla Zambelli disse 2d634p
Por meio de perfis de redes sociais que Carla Zambelli transferiu para sua mãe, Rita Zambelli, a deputada disse que a decisão que determina sua prisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária”.
Zambelli também criticou o bloqueio das redes sociais de familiares, classificando a decisão como um “ataque pessoal” e um “abuso de autoridade”.

Ela citou a retirada do perfil do filho, de 17 anos, e da mãe, Rita Zambelli, pré-candidata à Câmara dos Deputados. “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis”, disse.