A hipertensão arterial, um dos problemas de saúde mais frequentes entre idosos, pode ter um novo aliado no controle: a vitamina D. Um estudo recente revelou que essa vitamina, conhecida principalmente por sua relação com a saúde óssea, também pode ajudar a reduzir a pressão arterial em idosos.

O estudo, publicado no Journal of the Endocrine Society, mostra que a vitamina D desempenha um papel crucial no sistema renina-angiotensina, responsável pelo controle da pressão arterial em idosos.
Conforme o estudo, quando os níveis dessa vitamina estão baixos, o sistema pode ficar desregulado, contribuindo para o aumento da pressão arterial em idosos.
Pesquisa identificou redução na pressão arterial em idosos 6h5z2u
A pesquisa avaliou 221 idosos obesos, divididos em dois grupos: um recebeu doses diárias de 600 UI de vitamina D e o outro, 3750 UI. Após um ano de acompanhamento, os pesquisadores observaram uma redução média de 3,5 mm Hg na pressão arterial sistólica e 2,8 mm Hg na diastólica.
Os resultados demonstraram que doses acima do recomendado não geraram benefícios adicionais, reforçando a importância de um acompanhamento médico na suplementação.

Cuidados com a suplementação da vitamina D 6k4i11
Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a dose ideal de vitamina D varia de 1.000 a 2.000 UI por dia para reduzir a pressão arterial em idosos, podendo ser ajustada para aqueles com condições especiais, como obesidade ou dificuldade na absorção de nutrientes.
A SBEM indica, ainda, que a suplementação seja supervisionada por um profissional de saúde. O uso indiscriminado de vitamina D pode levar à toxicidade, causando problemas como cálculos renais ou calcificação de tecidos.

Além disso, hábitos como exposição moderada ao sol e uma alimentação equilibrada são fundamentais para manter os níveis adequados da vitamina no organismo.
Mais do que uma suplementação, um estilo de vida saudável 6q3b1l
A descoberta reforça a importância de estratégias integradas para o controle da hipertensão em idosos. Enquanto a suplementação de vitamina D pode ser útil, ela deve fazer parte de um plano abrangente, que inclua uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e acompanhamento regular com profissionais de saúde.
Com os avanços da ciência, cada vez mais evidências mostram que pequenas mudanças podem trazer grandes benefícios para a qualidade de vida na terceira idade. A vitamina D surge, assim, como um elemento-chave no cuidado com a saúde cardiovascular dos idosos.

Quem pode tomar vitamina D? 324i4l
A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) atualizou as diretrizes para a suplementação de vitamina D, abrangendo agora todas as crianças e adolescentes até 18 anos.
Antes restrita ao primeiro ano de vida, a recomendação busca combater a crescente deficiência dessa vitamina no Brasil, mesmo sendo um país com alta incidência solar.
Estudos recentes foram decisivos para essa atualização. Eles apontaram que a vitamina D não apenas previne o raquitismo, mas também desempenha um papel crucial na proteção contra infecções respiratórias e no fortalecimento da saúde óssea durante toda a infância e adolescência.

Fatores como a redução da exposição solar, a rotina sedentária e a dieta inadequada foram identificados como principais causas do déficit de vitamina D em jovens.
Embora a luz solar seja a principal fonte dessa vitamina (responsável por cerca de 90% da sua produção no organismo), a maioria das crianças e adolescentes a longos períodos em ambientes fechados, o que agrava o problema.
Quem precisa suplementar vitamina D? 536j54
As novas diretrizes recomendam uma dose diária de 600 UI de vitamina D para crianças acima de 1 ano e adolescentes, enquanto bebês com menos de 12 meses devem receber 400 UI por dia.
No entanto, a suplementação não é universal: crianças que praticam atividades ao ar livre regularmente e têm uma dieta rica em alimentos como peixes de água fria e fígado podem não precisar de doses adicionais.
A necessidade de suplementação também pode variar conforme a cor da pele, estágio da puberdade, composição corporal e localização geográfica. Regiões com menor incidência solar, por exemplo, têm índices mais altos de deficiência.