A família de uma jovem de 16 anos que faleceu devido a um coágulo no cérebro semanas após iniciar o uso de pílulas anticoncepcionais criticou o atendimento recebido do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido). Segundo eles, o serviço de saúde disse que não havia sinais graves na jovem, mesmo após uma primeira consulta.

A jovem de 16 anos era Layla Khan, de Immingham, no Reino Unido e faleceu na última quarta-feira (13), após um exame revelar um coágulo sanguíneo em seu cérebro.
A estudante começou a sofrer com ciclos menstruais agonizantes e foi aconselhada por amigos a tomar pílulas anticoncepcionais para aliviar os sintomas. Ela iniciou o uso em 25 de novembro, mas, até 5 de dezembro, começou a ter dores de cabeça e, ao final da semana, ou a vomitar.
Preocupada, família entrou em contato com a linha de ajuda 111 do NHS e foi informada de que não havia motivos para grandes preocupações e que deveriam levá-la para uma consulta na manhã seguinte.
Jovem desmaia 5o1s59
No entanto, na segunda-feira à noite, a jovem começou a gritar de dor e desmaiou no banheiro de casa. A família a levou para o Hull Royal Infirmary, onde um coágulo sanguíneo no cérebro foi identificado por uma tomografia computadorizada.
Layla ou por uma operação de emergência, mas faleceu dois dias depois, deixando a família devastada.

O coágulo no cérebro 11e2g
A tia de Layla, Jenna Braithwaite, afirmou:
“Na noite de domingo, ela estava vomitando muito, a cada 30 minutos. Mesmo que ela estivesse vomitando o tempo todo no consultório médico, deram a ela comprimidos antibióticos e disseram que pensavam ser um vírus estomacal. Disseram que não havia sinais de risco para ir ao hospital, apenas para ir na quarta-feira se continuasse”, comenta.
Na segunda-feira, Layla começou a gritar de dor, e a família ligou novamente para o 111. Eles foram orientados a marcar uma consulta com médicos de emergência, mas não havia vagas disponíveis.
A família, de Immingham, então a levou para o hospital em Grimsby. Lá, esperaram quatro horas por atendimento no pronto-socorro, enquanto Layla alternava entre consciência e inconsciência e sofria convulsões.
Uma enfermeira percebeu a dificuldade de Layla e a levou para outra sala, onde foi medicada para as convulsões. Nesse ponto, os médicos ainda diziam que poderia ser uma infecção, e após 12 horas no hospital, Layla foi colocada em um ventilador.
Layla foi submetida a uma tomografia computadorizada, que detectou um coágulo sanguíneo em seu cérebro. Ela foi então transferida para o Hull Royal Infirmary, onde faleceu em 13 de dezembro.
Apenas alguns dias antes, em 25 de novembro, Layla havia começado a tomar a pílula anticoncepcional Rigevidon, que lista coágulos sanguíneos como um de seus raros, mas potenciais efeitos colaterais.
A família acredita que isso poderia ter sido uma causa potencial para o coágulo em seu cérebro e que os médicos deveriam ter percebido isso mais cedo.
Jenna disse: “Sentimos que há alguém a ser responsabilizado, sentimos que o Hospital de Grimsby não agiu rápido o suficiente para salvá-la, sentimos que ela poderia ter sido salva se não tivesse ficado tanto tempo no pronto-socorro.
“Se o médico tivesse percebido quando ela foi e notado a pílula. O fato de terem dito que não havia sinais graves e dias depois ela está cerebralmente morta, é incompreensível”, relembre.
Já Kate Wood, Diretora Médica do Northern Lincolnshire and Goole da NHS Foundation Trust, afirmou:
“Gostaria de estender minhas mais profundas condolências à família neste momento muito triste. Como acontece nesses casos, estamos trabalhando com outras agências para investigar isso mais a fundo”, finaliza.