À medida que a festa mais popular do Brasil se aproxima, muitas pessoas se concentram nos preparativos para curtir os quatro dias de folia. Em algumas cidades, a celebração é ainda mais prolongada, começando já na sexta-feira e se estendendo até a madrugada da quarta-feira de cinzas.
Farmacêuticos alertam para os perigos de kit ressaca e bebidas no Carnaval – Foto: Reprodução/Freepik/NDPorém, para aguentar essa maratona, é necessário ter saúde e disposição. Alguns foliões começam a festa à tarde e só param no dia seguinte, descansando brevemente antes de recomeçar tudo novamente.
E é aí que entram em cena os famosos “kits ressaca”, cada vez mais comuns nas farmácias. Compostos por diversas medicações combinadas, esses kits prometem neutralizar os efeitos da noite de folia no organismo e recuperar o corpo o mais rápido possível para mais algumas horas de diversão.
No entanto, o uso de vários medicamentos ao mesmo tempo pode desencadear uma interação medicamentosa grave no corpo, resultando em problemas de saúde ainda mais sérios do que uma simples ressaca.
Kit ressaca pode ser combinação perigosa 476vh
Confira abaixo algumas combinações arriscadas, conforme orientações do Conselho Federal de Farmácia:
- – Analgésicos + álcool: essa combinação pode causar irritação da mucosa do estômago, hemorragia gastrointestinal, tonturas e perda de coordenação motora.
- – Antiácido + Contraceptivo oral (anticoncepcional): a interação entre esses medicamentos pode reduzir o efeito do contraceptivo devido à diminuição da absorção pelo organismo.
A superdosagem é outro fator que pode prejudicar a saúde dos foliões. Consumir doses além das recomendadas de medicamentos como paracetamol (analgésico e antitérmico) pode causar lesões no fígado. Além disso, a combinação desse medicamento com anti-inflamatórios pode aumentar as chances de intoxicação.
Doses excessivas de dipirona sódica (analgésico e antitérmico) podem provocar alergias e alterações sanguíneas.
Já o ácido acetilsalicílico (analgésico e anti-inflamatório), quando ingerido em grande quantidade, pode ocasionar náuseas, vômitos, diarreia, dor de estômago, gastrite, hemorragia gástrica e urticária, além de predispor a danos renais em uso prolongado e excessivo, e induzir crises em pacientes propensos a asma.
A professora de Farmácia da Wyden, e professora do IDOMED (Instituto de Educação Médica), Rayssa Bueno, defende a orientação profissional como a principal forma de utilizar os medicamentos e evitar problemas
“É preciso se informar. Converse sempre com o farmacêutico de plantão. A combinação de álcool e medicamentos traz riscos e a moderação, tanto no uso de álcool como no de medicamentos, pode salvar vidas”, finaliza.
