A Associação Renal Vida de Blumenau, no Vale do Itajaí, foi habilitada para o atendimento especializado de doenças raras em adultos pelo Ministério da Saúde. A instituição é a primeira de Santa Catarina credenciada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a oferecer o serviço.

Desde 2018, a unidade conta com um ambulatório de doenças raras para o atendimento dos pacientes acometidos de problemas renais em decorrência da doença.
Com uma nova estrutura inaugurada em abril de 2022, que atende todo o Vale do Itajaí, a entidade conseguiu ampliar os serviços oferecidos e a capacidade de atendimento a essas doenças.
Atualmente são cerca de 120 pacientes raros cadastrados pela Renal Vida e a doença mais comum é a de Fabry. Muitos deles estavam fora do sistema de regulação do SUS (Sistema Único de Saúde), mas com a habilitação do serviço os pacientes serão devidamente assistidos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
“Estamos dando mais dignidade para as pessoas com doenças raras, estive em Brasília, na última semana, solicitando a habilitação do serviço e o Ministério da Saúde, atendeu o nosso pedido. Um avanço para todos os raros de Santa Catarina”, afirma Carmen Zanotto, secretária de Estado da Saúde.

Com atendimento ampliado e credenciamento válido para todo o território estadual, serão oferecidos os serviços de diagnóstico, acompanhamento e tratamento de pacientes com doenças raras de origem genética, inflamatórias e infecciosas, além do serviço de aconselhamento genético familiar, garantindo a integralidade do atendimento.
“Essa habilitação dará ibilidade através do SUS, porque várias pessoas ficaram até marginalizadas, às vezes, não são identificadas. Além delas evoluírem para ter a perda da função renal e ter que fazer a hemodiálise, muitas delas também sofrem preconceito e não conseguem ar seus benefícios do INSS, inclusive a aposentadoria”, afirma o diretor executivo da Associação Renal Vida, Tarcísio Steffen.
Entenda a relação das doenças raras com os problemas renais 5r6546
Existem diversas doenças raras como, por exemplo, a doença de Fabry, a amiloidose, entre outras que afetam a função renal, levando o paciente a necessitar de hemodiálise e/ou transplante renal.
No caso da doença de Fabry, ela ocorre quando o corpo não tem as enzimas necessárias para decompor um glicolipídio. Os sintomas incluem nódulos na pele, problemas oculares, insuficiência renal e doença cardíaca.
Conforme portaria aprovada pelo Ministério da Saúde, a doença pode se manifestar por distúrbios gastrointestinais (como diarreia e dores abdominais), insuficiência renal, neuropatia periférica, doença cardíaca, doença cerebrovascular e perdas sensoriais, entre outros sintomas.