Projeto Horta Feliz e a prática da compostagem em escola 2w3c4g

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Grupo de professores voluntários utilizam a horta pedagógica para trabalhar as questões de ensino e aprendizagem

Desde 2012, a Escola Jovem EEM Jacó Anderle, do bairro Vargem Grande, na Capital, desenvolve o Projeto Horta Feliz, idealizado inicialmente pelo professor Virgílio Afonso Veit.

Após sua morte, as outras gerações de professores deram continuidade ao projeto. A diretora Sharon Ellen dos Anjos frisa que a horta pedagógica foi criada com o propósito de utilizar o espaço como laboratório intra, inter e transdisciplinar, onde os professores pudessem trabalhar as questões de ensino-aprendizagem de acordo com as características e singularidades de cada disciplina.

O plantio e a limpeza dos canteiros são realizados pelo grupo de professores que voluntariamente fazem mutirões aos sábados, pelo menos uma vez por mês, para deixara horta mais bonita. Os alunos das turmas do ensino médio também realizam o plantio e a limpeza dos canteiros quando estão em atividade com algum professor ou professora.

Horta pedagógica foi criada para ser utilizada
como laboratório intra, inter e transdisciplinar - FOTOS DIVULGAÇÃO/ND
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Horta pedagógica foi criada para ser utilizada como laboratório intra, inter e transdisciplinar - FOTOS DIVULGAÇÃO/ND
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Os alimentos ali produzidos são bem diversificados, indo desde ervas medicinais e temperos a canteiros de hortaliças, tubérculos e leguminosas como alface, berinjela, aipim, tomate-cereja, couve, cenoura e pepino, além do pomar com várias espécies frutíferas. Dadas as dimensões da escola, que conta com amplos espaços de área verde, o projeto Horta Feliz pôde se desenvolver.

Os professores responsáveis ressaltam também a importância do projeto em relação às mudanças do Novo Ensino Médio, em que os alunos arão a ter uma carga horária maior, sendo 600 horas de disciplinas obrigatórias e outras 400horas de itinerário formativo.

Os estudantes terão de escolher projetos transdisciplinares como complemento da sua formação, portanto o Projeto Horta Feliz atenderá as demandas desse novo modelo educacional para o ensino médio. Ademais, a proposta curricular doestado traz a educação ambiental como um dos eixos pedagógicos.

Além da horta, foi implantado na escola um projeto de compostagem que envolve não apenas os docentes e os discentes como quase a totalidade da comunidade escolar, já que as merendeiras também participam da ação por meio da separação dos resíduos orgânicos.

Recentemente, ocorreu na escola uma primeira oficina de compostagem que contou com a ajuda do mandato agroecológico do vereador Marquito, o qual concedeu pessoas capacitadas tecnicamente para a aplicação prática e teórica da montagem da leira. Para a diretora, esse projeto é de suma importância, já que a proposta pedagógica da escola é educar por meio de exemplos e das boas práticas coletivas e comunitárias.

Empresa catarinense cria ferramentas e tecnologias para a otimização do uso da água 5me5r

Em 2006, durante a sua graduação na Universidade Federal de Santa Catarina, Guilherme Violato Girol, engenheiro sanitarista e ambiental, conta que enquanto cursava a disciplina de abastecimento de água, ele já havia internalizado que gostaria de empreender na área.

“Ao fazer a disciplina, vislumbrei uma área com muitas oportunidades, por isso, na época, comecei a trabalhar como bolsista em um projeto de pesquisa no qual foi possível ter contato com metodologias e ferramentas de otimização para aplicar nos sistemas de abastecimento de água, objetivando o controle e o combate às perdas desse importante recurso natural”, explica.

Nesse mesmo período, Guilherme conheceu o seu atual sócio, Manoel Carlos Solera, engenheiro de automação que já estava empreendendo em uma outra empresa, masque também queria trabalhar na área do saneamento. Juntamente com outros integrantes, criaram a SANOVA.

“O nosso principal objetivo é otimizar o uso desse recurso natural, melhorar a eficiência na distribuição de água nas cidades e nas empresas e, principalmente, retirar menos água da natureza, valorizando o meio ambiente”, destaca o empresário.

Nestes 12 anos de mercado, a SANOVA tem contribuído para a disseminação de ideias, tecnologias e processos voltados para melhorar o dia a dia das empresas de saneamento, incentivando-as a prestarem um serviço de maior qualidade, e, consequentemente, para a população daquelas cidades.

“Atuamos com uma cadeia forte de parceiros e profissionais, e procuramos agregar nossas representações comerciais de softwares e equipamentos de qualidade para somar aos nossos serviços, gerando assim confiança e satisfação de nossos clientes”, afirma o empresário.

Segundo o engenheiro sanitarista e ambiental, o conceito perda de água é bastante amplo e precisa ser bem explicado para que não haja entendimentos equivocados.

Ele explica que existem dois tipos de perdas de água: as reais ou físicas, que são constituídas basicamente dos vazamentos que enxergamos na rua, causados por excesso de pressão na rede, falta de manutenção preventiva, uso de material de baixa qualidade, má execução da obra, e as classificadas como aparentes ou não físicas, que correspondem ao serros de medição dos hidrômetros devido principalmente à sua idade/tempo de uso, fraudes e ligações clandestinas dos usuários.

Os desafios e a importância de ‘ressignificar’ o lixo 2b1k4e

Professor de sociologia e um dos coordenadores do Horta Feliz, Luiz Carlos Filho diz que antes do início do projeto da compostagem o primeiro o foi derrubar o mito da questão do lixo como semântica, pois a própria palavra traz uma conotação pejorativa, diminuindo a importância dos resíduos sólidos.

“Nessa perspectiva, demonstramos que nem tudo se joga fora, podemos fazer com que os alunos repensem a destinação desses resíduos como um problema social dentro de uma cadeia complexa que envolve desde o consumo de alimentos, ando pela problemática da separação e coleta, até a destinação final do lixo”, destaca.

Além disso, os professores enfatizam a necessidade de os órgãos públicos revisarem a questão do descarte do lixo em Florianópolis, já que o município tem um alto gasto anual com aterro sanitário.

Segundo os professores, esta é uma verba pública que poderia ser economizada se a destinação dos resíduos sólidos fosse mais eficiente, com políticas públicas de incentivo ao descarte e tratamento dos compostos orgânicos, como, por exemplo, o fortalecimento de pátios de compostagem, os quais não apenas trariam apenas vantagem ambiental como também econômica.

“A escola é um espaço voltado para a formação integral do ser humano, e não apenas para que alunos aprendam conteúdo. A horta pedagógica e a compostagem servem também para a formação de sujeitos que atentem para a cidadania e os direitos humanos, trazendo esses debates sobre consumo consciente, destinação dos resíduos orgânicos, desigualdade social, desmatamento e uma série de outras problemáticas sociais que se relacionam diretamente com produção de alimento e com descarte daquilo que é considerado lixo”, destaca o professor de sociologia

Consumo consciente 4j4v6t

“Essas duas parcelas de perdas correspondem às perdas totais que um sistema de água de uma cidade possuir. Algumas apresentam perdas reais maiores do que perdas aparentes, e vice-versa”, explica o engenheiro sanitarista Guilherme Violato, o que acarreta em estratégias e soluções diferentes para cada tipo de problema.

Atualmente, as perdas de água são calculadas por indicadores que as próprias empresas de saneamento estruturam internamente e divulgam para órgãos reguladores. Assim, é possível obter, por exemplo, os números de todas as cidades de Santa Catarina e avaliar como está o setor nesse quesito.

De acordo com dados atualizados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobreo Saneamento), em 2019 Santa Catarina possuía 34,51% de índice de perdas na distribuição. Esse indicador expressa o percentual do volume total de água disponibilizado que não foi contabilizado(perdas aparentes) ou perdido (perdas reais) na distribuição.

“Em relação à média nacional(cerca de 40%), o estado está numa posição melhor (34,51%).Porém, esse número não é motivo de orgulho. O ideal seria termos índices abaixo de 20%.Logo, entende-se que existe ainda muito trabalho a ser feito, e é justamente em cima dessa principal problemática que a SANOVA atua no mercado”, ressalta o engenheiro.

A empresa oferece equipamentos de medição de qualidade para o correto cálculo dos indicadores, serviços de consultoria para auxiliar o município, qual caminho percorrer para melhorar a prestação de seus serviços, treinamentos, serviços de modelagem e simulação hidráulica, fornecimento de softwares, entre outros.

Contudo, além das incumbências dos órgãos responsáveis pela distribuição e pelo controle de água, o empresário pontua: “Em termos de consumo de água, entendo que cada vez mais as pessoas vão enxergar a importância de consumirem água de forma racional, criando hábitos mais conscientes no seu dia a dia”.