Você já se sentiu atraída(o) por alguém e não soube explicar o motivo? Já bateu o olho em alguém que não era o “seu tipo” e se arrepiou toda(o)? Ou ao contrário… Já pensou “Que pessoa linda e interessante, mas não me interessa sexualmente”.
Definir o que está por trás da química sexual não é nada fácil. Como colocar em palavras o que te “consome” física, sexual e emocionalmente? Você sentiu, mas você não viu. Podemos tentar algumas definições, mas sempre vai parecer pouco perto das sensações.

Química sexual é o desejo de se envolver sexualmente com alguém. É aquele frio na barriga que te consome quando você esbarra em alguém. É aquele “estado de choque” quando você olha nos olhos ou faz sexo com alguém. Veja que definir é um desafio, sentir mais ainda.
Lembro que a atração nem sempre será sexual, pode ser pela inteligência do outro (sapiossexualidade), pela conexão (demissexualidade) ou ainda pela atração romântica, como por exemplo, o desejo de sair para assistir a um bom filme, jantar e tomar um vinho. E o que faz a química sexual bater com uma pessoa e não com outra? O que está por trás dessas sensações?
Os sentidos – ver, ouvir, sentir o toque, o gosto, cheirar, imaginar – nos ajudam a pensar na química sexual, afinal, você tem sintomas físicos quando bate a emoção. As respostas físicas mais comumente relatadas são as famosas “borboletas na barriga”, transpiração, respiração alterada, rubor da pele, alteração da frequência cardíaca. E pode ainda também estimular as suas sensações de excitação sexual.
Apesar de parecer um fato isolado, a química sexual acontece sob a junção de alguns fatores: biológicos (feromônios, aparência física quando na atração sexual e hormônios), sociais (padrão de beleza que você aprendeu enquanto atraente) e de pertencimento (quando você se lembra de algo ou alguém prazeroso).
Para quem não conhece o termo feromônios, explico de forma bem simplificada: são substâncias químicas ativadas quando em contato com outra pessoa através dos sentidos. Nada mais é que o nosso cheiro natural, que para alguém pode ser um delicioso e poderoso atrativo sexual.
A química sexual pode também ser definida como um complexo fenômeno neurobiolólgico. Aquela sensação de ser irresistível pode estar ligada a diversas substâncias químicas, mas vamos pensar em três: a dopamina, a norepinefrina e a famosa serotonina, que contribuem para o êxtase, a felicidade, a preferência por uma parceria específica, o ápice e as lembranças daqueles pequenos e inesquecíveis detalhes do encontro.
E a química sexual é necessária para um bom e duradouro relacionamento? Não podemos generalizar, já que a química sexual e o sexo não são os únicos ingredientes para uma relação duradoura e prazerosa.
E nem sempre o sexo é o vínculo principal do casal. E saiba que a química sexual, mesmo que seja essencial em muitos relacionamentos, não é por si só suficiente para uma boa e duradoura relação. É preciso ter uma boa comunicação, confiança e respeito mútuo, entre outras características.
Por fim, não poderia deixar de citar que a química sexual também traz consigo a responsabilidade afetiva e o consentimento. Nem sempre será correspondida, mas deve ser respeitada. É um dos mistérios da atração sexual. O jogo da sedução é sempre bem-vindo e deve acontecer, mas não deve excluir o companheirismo e o cuidado, mesmo quando é sexo casual.
E você, sabe quem ou o que te faz “subir pelas paredes”?