Apreensiva a família do caminhoneiro criciumense, Jesiel Nunes da Silva, de 45 anos, acompanha de perto a evolução do quadro de saúde dele. Já que ele está Internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande (MS), desde o dia 10 de junho, devido a complicações da Covid-19.
Diagnosticado com a doença em 31 de maio deste ano, ainda em Criciúma, a família questiona o atendimento recebido por ele no Centro de Triagem do Coronavírus do Município que não estendeu o atestado para o caminhoneiro. Ele, a esposa Elisiana Eufrasio da Silva e as duas filhas de 14 e 16 anos procuraram a unidade com sintomas e tiveram o resultado positivo para Covid-19.

“Ele chegou em casa na sexta-feira, dia 28 de maio, com alguns sintomas, mas bem leves. Na segunda-feira, dia 31, procuramos o Centro de Triagem para fazer o teste, fez o teste rápido e teve o resultado positivo. Aí ficamos em isolamento, toda a família”, explica ela.
Durante o período de isolamento, a família procurou o Centro por cinco vezes com algumas pioras dos sintomas. “ Uma vez foi ele, outra vez eu e os médicos sempre medicavam e mandavam para a casa”, lembra ela.
Com atestado médico de sete dias, ele ficou em isolamento até o dia seis deste mês. No dia seguinte ao término do isolamento, no dia 7 de junho, em uma segunda-feira, ele retornou ao Centro de Triagem.
“Estava com tosse e com 37,6ºC, a moça disse que não era febre. Ele consultou com um médico que receitou um antitérmico e um xarope para tosse. Ele disse que os sintomas iam persistir por dois meses e que se ele sentisse alguma coisa era para procurar um posto de saúde, mas que lá não podiam fazer mais nada porque ele estava de alta da Covid-19. Questionamos sobre o atestado e o médico disse: ‘Meu amigo, vida que segue, vai trabalhar’”, conta a esposa.
Após a alta, Jesiel voltou ao trabalho e no dia seguinte, na terça-feira (8), viajou com destino ao estado de Rondônia no norte do Brasil, onde deveria entregar um carregamento. Porém quando ava por Campo Grande no Mato Grosso do Sul, ele não se sentiu bem.
“Na quinta-feira (10) em Campo Grande ele ou mal e a concessionário da rodovia socorreu ele. A ambulância levou ele para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Campo Grande e ele já foi para o oxigênio”, afirma.
Internação e encaminhamento para UTI 2a5x3q
Depois da internação, o caminhoneiro entrou na fila de espera para uma vaga em UTI, até ser transferido para o Hospital Adventista e ser intubado. O caso de saúde dele é grave e a esposa e a mãe estão em Campo Grande. Um dos questionamentos da família é o fato de não ter sido feito exame de imagem para averiguar o pulmão de Jesiel.
“Por mais que estejamos longe de casa, ele está recebendo tratamento aqui. Foi transferido para o hospital. Ele nem sabe que estamos aqui. Estamos muito apreensivos. Meu pedido é para que outras famílias não em pelo que a gente está ando, pessoas se alertem quando for lá procurar o Centro, porque está uma loucura, que peça o exame, porque o mínimo que o médico pode fazer é examinar o paciente”, desabafa a esposa.
“Procedimento normal”, explica diretor técnico do Centro 5a3544
Segundo o diretor técnico da Secretaria de Saúde, que coordena o Centro de Triagem de Criciúma, Dr. Ronald Barroso, o procedimento adotado durante a consulta foi normal. Já que, de acordo com o prontuário de Jesiel, no dia da última consulta a saturação de oxigênio dele estava normal e não foi reportado nenhum outro sintoma mais grave.
“Todo mundo pós Covid-19 tem esse cansaço, ele voltou por causa disso. Foi tirada a oxigenação dele que no oxímetro deu 97, não tinha mais febre, já estava com a quarentena cumprida e o médico que atendeu orientou para que fosse procurado o Posto de Saúde em caso de aparecer algo mais grave”, comenta.
Segundo ele, a tomografia do pulmão não seria um indicativo de que ele não poderia exercer atividades. Além disso, Ronald destaca que as reações pós doença são imprevisíveis e não sabe o que poderia ter acontecido, já que Jesiel está internado em outro estado.
“Isso não mudaria nada o contexto. A lesão do Covid-19, a cicatrização no pulmão, ela fica residual por seis meses. Tem paciente que na tomografia está ruim, mas está aí realizando atividades. Se ele estivesse sintomático, com insuficiência respiratória nossos médicos não teriam dado alta. Mas nenhum pulmão satura bem sem estar em condições normais”, explica.
Portas abertas para a família 6o3f6y
O coordenador técnico destaca, ainda, que a prefeitura está de portas abertas para que a família entre em contato em busca de esclarecer esta situação.
“Fica a critério da família procurar as respostas. A prefeitura está com as portas abertas para qualquer tipo de dúvida. Nunca tivemos problemas com o médico que atendeu, é um excelente médico. Foi um procedimento normal que acontece todos os dias. Quantas pessoas estão sendo curadas e am pelo mesmo procedimento"});// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);}document.addEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);});