Pouco se sabe sobre a nova variante da Covid-19, identificada na África do Sul e batizada de Ômicron. Apesar disso, a preocupação de um novo surto da doença já fez com que países fechassem fronteiras e levou empresas farmacêuticas a estudar a eficácia das vacinas em casos de infecção pela cepa.
Mas afinal, quais os sintomas de pacientes infectados pela Ômicron? Confira a seguir o que sabemos até agora!

Devido a sua descoberta recente, a nova variante ainda é cercada de mistérios e precisa ser estudada para que dados concretos sejam estabelecidos.
Em um primeiro momento, a OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que não há informações que comprovem que os sintomas associados à Ômicron sejam diferentes daqueles de outras variantes.
Já em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, a médica Angelique Coetze, presidente da Associação Médica da África do Sul, responsável por identificar a nova cepa, explicou que os sintomas são mais leves e diferentes.
Segundo Coetze, os pacientes apresentaram cansaço excessivo e dores no corpo e cabeça. Além disso, diferente do que foi visto em outros infectados pela Covid-19, nenhum apresentou tosse ou perda de olfato e paladar.
Sintomas de pacientes infectados em outros países 4b40w
A França confirmou nesta terça-feira (30) seu primeiro caso da variante. A pessoa com teste positivo para a Ômicron é um homem de 53 anos que viajou para Moçambique e parou na África do Sul antes de retornar ao país. Ele apresentou “dores musculares e fadiga” e foi colocado em quarentena.
Já Andrea Ammon, diretora do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, disse em entrevista coletiva que todos os casos confirmados na Europa tiveram sintomas leves ou mesmo nenhum.
Eficácia das vacinas contra a Ômicron 5p5r23
O chefe da farmacêutica Moderna alegou que as vacinas da Covid-19 provavelmente não serão tão eficazes contra a variante Ômicron como foram anteriormente.
O presidente-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, disse ao Financial Times em uma entrevista que não teremos uma eficácia das vacinas tão boa contra a Ômicron quanto tivemos com a Delta.
“Acredito que vai ser uma queda material. Só não sei quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com quem conversei estão tipo ‘isso não será nada bom'”, prosseguiu.
Bancel acrescentou que o alto número de mutações no pico de proteína que o vírus usa para infectar células humanas significa ser provável que a safra atual de vacinas precise ser modificada.
Apesar disso, tanto a Moderna quanto a Pfizer-BioNTech, fabricantes das duas vacinas mais eficazes, estão se preparando para reformular seus produtos, caso seja necessário.
“Nós realmente precisamos ficar vigilantes com essa nova variante e nos preparar para ela”, disse Jesse Bloom, biólogo evolucionário do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, nos Estados Unidos.
“Em mais algumas semanas, provavelmente teremos uma noção melhor de quanto essa variante está se espalhando e se será necessário avançar com uma vacina para ela”, acrescenta Jesse Bloom.
*Com informações do portal R7 e Estadão.