A manezinha Valéria Pereira da Silva é uma das profissionais de saúde que já foram vacinadas, nos Estados Unidos, contra a Covid-19. Na última segunda-feira (4), a dentista recebeu a primeira dose do imunizante produzido pela empresa Moderna.

Formada em odontologia pela Ufsc (Universidade Federal de Santa Catarina), Valéria mora há 30 anos nos Estados Unidos com o marido, Paulo, e o filho, Nicholas. “Toda a minha família – uma família grande, maravilhosa e linda – está em Florianopolis”, contou.
Depois de receber a primeira dose, a dentista terá que aplicar o imunizante pela segunda vez, no início de fevereiro, para garantir a eficácia de 94,1%, atribuída à vacina após a conclusão dos testes, realizados em 30 mil voluntários.
Isso acontece porque o imunizante da Moderna é istrado em duas doses de 100 microgramas, aplicadas com 28 dias de intervalo. Por ser do grupo prioritário, Valéria foi a única da casa a começar o processo de vacinação.
Hoje, os Estados Unidos estão na primeira fase do plano nacional de imunização, que inclui idosos em casas de repouso e profissionais da saúde. Além das doses da empresa Moderna, está disponível no país a vacina desenvolvida pela Pfizer, em parceria com o laboratório alemão BioNTech.
Gratidão 6q1n23
Apesar da apreensão – segundo ela, natural quando se experimenta algo novo -, a manezinha conta que foi tomada por um sentimento de gratidão quando recebeu o convite, por mensagem no celular, para tomar o imunizante contra a Covid-19. “Eu li bastante sobre a vacina antes, e eu acho que estava consciente de tomar”, revela.

Em meio a negacionismos crescentes, Valéria garante que acredita na força da pandemia e, sobretudo, confia no poder dos cientistas que trabalham na linha de frente: “Eu acho que a pandemia é real, e a ciência tem provado isso. E eu acredito em qualidade de vida com a medicina moderna, então, eu estou defendendo a vacina”.
O incentivo ajuda n2n7
Embora a vacina não seja obrigatória nos Estados Unidos, há incentivo massivo para que a população tome o imunizante contra a Covid-19. “O presidente eleito, Biden, e a vice-presidente já tomaram a vacina”, exemplificou a moradora da Califórnia.

“A ideia é que a vacina seja fácil de ser istrada, e que todas as pessoas tenham o. Aqui nos Estados Unidos, eles esperavam que mais pessoas tivessem sido vacinadas até agora, mas, mesmo assim, o esforço continua para que todas as pessoas que quiserem tenham o à vacina”, afirma.
Já foram aplicadas, nos Estados Unidos, 6,2 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Só na Califórnia, onde Valéria mora há 20 anos, 586 doses foram istradas em profissionais da saúde e idosos que vivem em asilos.
Procedimentos 4h3r1u
Ao chegar no laboratório para receber a dose do imunizante, os agentes de saúde buscam manter a transparência com os pacientes. “Eles descrevem os efeitos colaterais – como calafrios, febre, cansaço e dor de cabeça”.
Antes da aplicação, os profissionais questionam se o paciente já sofreu algum ataque anafilático, por exemplo, além de outros históricos relacionados à saúde. Um termo de compromisso é, então, entregue para .

Após a aplicação, o paciente ainda precisa permanecer por mais 15 minutos no local. A ideia é verificar se, de fato, não haverá algum tipo de reação alérgica à substância.
“Os meus sintomas foram bem tranquilos. Eu senti um pouco de dor no braço, que foi o local que foi aplicada, e uma pequena dor de cabeça, que foi tratada com Tylenol. No outro dia, tava trabalhando”.
Cuidados continuam 3t6850
Sempre respeitando os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades de saúde, a dentista conta que ninguém da família, nos Estados Unidos, chegou a se contaminar pela Covid-19.
“Meu marido trabalhou de casa, em home office, e a minha clínica fechou, por recomendaçãoo da Associação Americana de Odontologia. Nós ficamos sem trabalhar por um período de quase sete meses”, revela.
Valéria acredita que a vacinação é a única medida capaz de acabar, definitivamente, com a pandemia da Covid-19. “Mas ela é só uma ferramenta. Eu acho que nós continuaremos com distanciamento social, evitar aglomeramento, e (manter a) higiene das mãos”.