O governo de Santa Catarina confirmou, na última sexta-feira (21), as duas primeiras mortes por chikungunya em 2025. Já foram notificados 277 casos prováveis da doença viral este ano, sendo que 183 foram confirmados.
Santa Catarina tem 24,7 mil focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue e chikungunya – Foto: Freepik/NDO primeiro óbito por chikungunya no estado foi de um homem de 83 anos, registrado em Florianópolis no dia 1º de janeiro. O segundo, de uma mulher de 85 anos, ocorreu em 17 de março em Xanxerê. Um terceiro óbito segue sob investigação.
As mortes foram confirmadas pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) de Santa Catarina, por meio da Dive (Diretoria da Vigilância Epidemiológica). João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive, destaca o crescimento das infecções em relação a 2024.
Principais sintomas da doença viral incluem febre alta e dor nas articulações – Foto: Freepik/Internet/ND“Os números confirmam um aumento considerável nas últimas semanas e também em relação ao mesmo período do ano ado”, observa.
“É importante destacar que os casos podem não ser necessariamente por infecção no município de residência, mas demonstram a identificação da circulação viral no estado e isso é o principal fator de risco para o início da transmissão da doença, uma vez que o vetor está presente na maioria dos municípios”, alerta o diretor da Dive.
Veja ranking das cidades de SC com mais casos de chikungunya em 2025 7716p
Prefeitura de Xanxerê divulgou dois óbitos por chikungunya na cidade, mas apenas um foi confirmado pela Dive até o momento – Foto: Reprodução/NDSegundo dados da Dive, Xanxerê, no Oeste do estado, já contabiliza 148 casos prováveis de chikungunya desde o início do ano. O município decretou situação de emergência na terça-feira (18), após uma segunda morte ser confirmada pela prefeitura.
- Xanxerê: 148 casos prováveis
- Florianópolis: 20
- Chapecó: 16
- Campo Erê: 13
- São José: 10
Dos 295 municípios catarinenses, 29 registraram casos prováveis de da doença. Só neste ano, foram identificados 24,7 mil focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus da zika.
Evitar água parada ajuda a combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti – Foto: Prefeitura de Araquari/Divulgação/NDOs principais sintomas surgem entre 4 e 8 dias após a picada do mosquito, sendo febre alta (acima de 38,5 °C), dor intensa nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele.
Conforme a Dive, diagnóstico é feito com base nos sintomas e pode ser confirmado por exames de sangue específicos, como testes sorológicos e PCR.
A chikungunya pode afetar de forma mais grave idosos, recém-nascidos e em pessoas com doenças crônicas. A persistência da dor articular também pode impactar a qualidade de vida por meses após a infecção.
