Um grande estudo já na fase 3 que está testando a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford em dezenas de locais nos Estados Unidos foi suspenso devido a uma suspeita de uma forte reação adversa em um voluntário no Reino Unido. O anúncio foi feito no início da noite desta terça-feira (8).

A informação é da Stat, site especializado em saúde e medicina, e foi publicada nesta terça. Apesar da paralisação do estudo, ele poderá retornar quando o problema for identificado e solucionado.
Um porta-voz da AstraZeneca, pioneira na corrida por uma vacina para a covid-19, disse em um comunicado que o “processo de revisão padrão da empresa acionou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”.
Não ficou claro quem suspendeu o julgamento, embora seja possível que tenha sido colocado voluntariamente pela AstraZeneca e não ordenado por qualquer agência reguladora.
A natureza da reação adversa e quando ela aconteceu também não eram conhecidos imediatamente, embora o participante deva se recuperar, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
Pausa é “ação de rotina”, diz porta-voz e363g
O porta-voz descreveu a pausa como “uma ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos testes, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes”.
Assim como afirmou que a empresa está “trabalhando para agilizar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste”.
Um indivíduo familiarizado com o desenvolvimento disse que os pesquisadores foram informados de que o bloqueio foi colocado no teste por “excesso de cautela”.
Um segundo indivíduo familiarizado com o assunto, que também falou sob condição de anonimato, disse que a descoberta está tendo um impacto em outros testes da vacina AstraZeneca em andamento – bem como nos testes clínicos conduzidos por outros fabricantes de vacinas.
Vacinação começa em janeiro no Brasil 601x6d
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou também nesta terça-feira (8), que a previsão é começar a vacinar a população brasileira contra Covid-19 em janeiro de 2021. O anúncio foi feito antes da divulgação de pausa pelo laboratório.
“Esse é o plano. A gente está fazendo os contatos com quem fabrica a vacina e a previsão é que chegue para a gente em janeiro. Janeiro a gente começa a vacinar todo mundo”, respondeu Pazuello após ser questionado pela youtuber mirim Esther, escalada pelo presidente Jair Bolsonaro para questionar seus auxiliares.
Além disso, o governo federal havia acertado um protocolo de intenções que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses da vacina desenvolvida por Oxford.
As negociações estavam em fase de de um acordo que inclui a transferência da tecnologia para produção nacional pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A previsão da pasta era de produzir, inicialmente, 100 milhões de doses a partir de insumos importados.