Carlos Daniel Monteiro Barbosa, de 9 anos, morreu nesta segunda-feira (6) vítima de uma meningite bacteriana, causada pela bactéria pneumococo. O menino estava internado no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. O caso acendeu um alerta sobre a doença e suas particularidades.

Morador de São João Batista, Carlos foi transferido para o Hospital Infantil da Capital. A prefeitura do município chegou a publicar uma nota de pesar na internet.
“A istração municipal de São João Batista manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento de Carlos Daniel Monteiro Barbosa”, disse a prefeitura.
“Ele era estudante do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica Catarina Deschamps Steffen. Nossa solidariedade aos pais, familiares, amigos e colegas enlutados pela irreparável perda”, completou a istração municipal.
Casos de meningite em Santa Catarina bf1k
Entre janeiro e setembro de 2023, foram confirmados 656 casos de meningite em Santa Catarina. 66 dos casos são por pneumococo e, destes, 21 acabaram em óbito.
Dos 656 casos confirmados por todas as etiologias, foram registrados 48 mortes, representando uma taxa de letalidade total de 7,3%. As meningites virais registraram dois óbitos, com letalidade de 0,7%.
Já a maior taxa de morte ocorreu nos casos confirmados pela meningite por pneumococo, de 35%.
A Dive (Diretoria de Vigilância Sanitária) ainda destaca que o Calendário Básico de Vacinação garante proteção para as crianças contra alguns tipos de meningite, sendo meningite por tuberculose, meningite pneumocócica, meningite meningocócica e meningite por hemófilos.
Diferença entre meningite viral e bacteriana 3w245c
Carlos foi vítima da forma mais grave da doença, a bacteriana, que age rapidamente no organismo, causando infecção generalizada e morte.
Segundo a Diretoria de Vigilância, as meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias, são as mais importantes, devido a magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.
A meningite viral é a forma mais comum e leve da doença, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais.
Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente, segundo o Ministério da Saúde.
“No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais”, descreve o Ministério Público”, explica o Ministério.
“A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença”, acrescenta o órgão.
Por outro lado, existe a meningite bacteriana, grave e que deve ser tratada como uma emergência médica. “Se não tratada, pode danificar seriamente o cérebro e causar infecção generalizada, levando à morte.
O tratamento é realizado com antibióticos por via venosa e monitoramento hospitalar”, reitera artigo da Biblioteca Virtual em Saúde.
Sintomas 1c2gw
A meningite bacteriana é geralmente mais grave e os sintomas incluem: febre, dor de cabeça e rigidez de nuca.
Muitas vezes há outros sintomas, como: mal-estar, náusea, vômito, aumento da sensibilidade à luzmen, status mental alterado (confusão).
Com o ar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.
Os sintomas iniciais da meningite viral são semelhantes aos da meningite bacteriana: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea, vomito, falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono, letargia, e aumento da sensibilidade à luz.
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos.
O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a moleira protuberante ou reflexos anormais.
*Com informações do Ministério da Saúde.