É muito comum a dúvida sobre qual o melhor método contraceptivo ou o mais eficiente para o corpo. Porém, a resposta para essa questão não é tão simples, pois os métodos variam conforme as condições de cada pessoa.
A escolha deve ser feita com atenção, avaliando prós e contras, com a orientação e acompanhamento de um médico ginecologista, pois alguns desses métodos agregam benefícios que vão além de evitar gravidez.

“Muitos métodos não são indicados para todos os casos. Outros, não serão seguros ou não oferecerão proteção contra uma gravidez indesejada se não utilizados corretamente”, alerta o médico ginecologista e obstetra Alexandre Rossi.
Definitivos ou reversíveis 2o6o52
Os métodos anticoncepcionais tem diversas classificações, mas de forma geral eles podem ser divididos em dois grupos principais: os definitivos e os reversíveis, explica Rossi.
“Como o próprio nome diz, os definitivos devem ser a opção das mulheres ou casais que não desejam mais ter filhos, pois são métodos cirúrgicos, realizados em pelo menos um dos parceiros”, comenta.
Já entre os métodos reversíveis, estão os de barreira, como a camisinha, os DIUs (dispositivos intrauterinos), os hormonais e os de emergência.
Pílulas 6o6w4d
As pílulas anticoncepcionais, que são ingeridas oralmente, podem ser utilizadas isoladamente ou junto com outros métodos, como a camisinha. Elas são compostas por hormônios sintéticos, semelhantes aos produzidos pelos ovários, inibindo a ovulação e provocando alterações no organismo.
Esses ainda podem ser divididos entre combinados ou minipílulas. O que varia entre eles é o hormônio que compõe o comprimido.
“São métodos muito eficazes, se usados corretamente. No entanto, precisam ser muito bem indicados e tomados da maneira correta. Em caso de uso incorreto, esquecimento ou dúvidas, o ideal é que seja combinado com a camisinha e um médico seja consultado para orientações”, explica o especialista.
Injetáveis 236960
O anticoncepcional hormonal injetável inibe a ovulação e dificulta a agem dos espermatozoides. As aplicações têm periodicidade de três meses e o retorno à fertilidade, dependendo dos hormônios presentes na composição, podem levar até quatro meses após a última injeção.
Em geral, as mulheres que utilizam este método apresentam ausência de menstruação ou pequenos sangramentos irregulares. Entre os efeitos colaterais estão o aumento de peso, dores de cabeça e alterações de humor.
DIU 2p252b
O DIU é um artefato que pode ser de cobre ou hormonal e é inserido no útero para impedir a fecundação.
Segundo o médico, esse método “é extremamente prático, podendo ter durabilidade de até 10 anos, dependendo do tipo. Após a remoção, as concentrações de cobre e hormônio caem rapidamente e a recuperação da fertilidade é imediata”.
A colocação do dispositivo pode ser feita em consultório ou em ambiente hospitalar, conforme a necessidade da paciente. Ele também pode ser colocado logo após o parto, aborto ou imediatamente após a troca de método anticoncepcional. Nos primeiros meses, pode haver pequenos sangramentos irregulares e até a ausência de menstruação.
Hormonal ou de cobre?
A indicação do tipo de DIU deve levar em consideração diversos fatores, como idade, histórico de saúde e características do ciclo menstrual da mulher.
No caso do DIU de cobre, é comum que haja alteração no ciclo menstrual, especialmente nos primeiros meses, como aumento do volume do fluxo e surgimento de cólicas.
Já o hormonal, tem dois tamanhos, que liberam diferentes doses de hormônio. O menor é indicado para mulheres com útero pequeno ou que nunca tiveram filhos. Em ambos os casos, são raros os efeitos colaterais e queixas.
Métodos definitivos 2i6jt
A esterilização é uma cirurgia que pode ser realizada na mulher, por meio da ligadura das trompas, ou no homem, através da ligadura dos canais deferentes (vasectomia).
A eficácia dos dois métodos é alta e tem baixas taxas de falha, quando tomadas todas as precauções e realizados todos os exames pós-cirúrgicos corretamente.
Ambos os métodos podem ser revertidos, mas a possibilidade de uma gestação após a reversão é baixa, alerta o médico. Por este motivo, a cirurgia para esterilização deve ser considerada definitiva, exigindo uma avaliação cuidadosa antes de sua realização.
Métodos de emergência 445317
A famosa pílula do dia seguinte é o uso alternativo do anticoncepcional hormonal oral para evitar uma gravidez. Ele deve ser tomado antes de completar 72 horas da relação sexual desprotegida. No entanto, quanto mais precocemente tomado, maior será a proteção.
A pílula do dia seguinte, no entanto, não é abortiva. Ou seja, uma gravidez já em andamento não será interrompida. Por ser constituído de altas doses de hormônios, o método não deve ser utilizado de rotina, apenas em situações de emergência.