Explosão de índice da Covid-19 empurrou Grande Florianópolis para alerta máximo 361959

Região estava há mais de um mês e meio em nível grave, mas alta na transmissibilidade reclassificou Grande Florianópolis em nível gravíssimo 651u36

Desde 24 de abril, a Grande Florianópolis era quase sempre a única região pintada de laranja (grave) nos mapas de risco da Covid-19 divulgados aos sábados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde). A situação não era confortável, mas destoava do resto de Santa Catarina, em vermelho.

Entretanto a situação mudou neste sábado (12). A região voltou a ser classificada no nível gravíssimo da pandemia, após sete atualizações. A alteração fica por conta da transmissibilidade: a Covid-19 está circulando mais na Grande Florianópolis.

Grande Florianópolis voltou ao nível gravíssimo no mapa de risco – Foto: Leo Munhoz/NDGrande Florianópolis voltou ao nível gravíssimo no mapa de risco – Foto: Leo Munhoz/ND

A categoria é a única alteração do mapa anterior, publicado no dia 5 de junho. A transmissibilidade saltou de 2,5 para o nível 4, o mais alto. Ela indica maior concentração de pessoas capazes de transmitir o vírus e crescimento na variação de casos semanais.

O cálculo considera o número de infectantes a cada 100 mil habitantes. De 10 a 25, o indicador aponta transmissibilidade grave [categoria registrada nas últimas semanas]. Quando o valor é maior que 50, é categorizado em gravíssimo, situação de então.

Infecções ativas crescem 3h2cd

Um dos fatores que contribuiu é o fato da Grande Florianópolis voltar a registrar crescimento gradual dos casos ativos. Na semana do dia 11 de junho foi registrado um aumento de 3% nas infecções ativas, e um total de 1680 casos – o número não era tão grande desde a semana do dia 28 de abril, quando foram computados 2063 casos.

Os dados são do último boletim do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense), que analisa a situação da pandemia da Covid-19 no Estado.  Três municípios da Grande Florianópolis estão entre as dez cidades com o maior número de casos no Estado.

Evolução dos casos ativos na Grande Florianópolis desde outubro de 2020. Após uma queda no início de maio, região volta a registrar aumento – Foto: NECAT/Reprodução/NDEvolução dos casos ativos na Grande Florianópolis desde outubro de 2020. Após uma queda no início de maio, região volta a registrar aumento – Foto: NECAT/Reprodução/ND

Na última semana, a Capital registrou 723 casos ativos – número maior aquele registrado nas semanas de maio, e 23% maior que semana do dia 4. São José, após ter melhorado na semana anterior, voltou a registrar aumento de 9%, contando com 301 casos ativos. O outro município é Palhoça, com queda nos registros.

UTIs lotadas 163945

Os outros aspectos observados pelo mapa permanecem constantes com a matriz anterior – ou seja, em estado alarmante. O número de mortes a cada 100 mil habitantes (evento sentinela) permanece grave e o percentual de exames com resultado positivo segue alto.

Outro fator em vermelho é a capacidade de atenção.  O dado refere-se às UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), que estão lotadas. Na tarde desta terça-feira (15), 87,2% dos leitos de UTI Covid-19 estavam ocupados na Grande Florianópolis.

Terceira onda? 5i6t2c

O agravamento é sentido em toda Santa Catarina. A média móvel de novos casos desta semana subiu cerca de 9 a 10% em relação ao fim de maio. Eram 2.850 casos por dia, e na última sexta-feira foram 3.113 novas infecções em todo o Estado.

Novo mapa de risco mostra agravamento da pandemia em SC – Foto: SES/ReproduçãoNovo mapa de risco mostra agravamento da pandemia em SC – Foto: SES/Reprodução

Todas as 16 regiões de Santa Catarina estão classificadas no pior índice na matriz de risco deste sábado (11). Especialistas consultados nesta segunda-feira (14) pelo repórter Ian Sell , do ND+, destacaram uma série de aspectos que contribuem para este cenário.

Dentre eles, as baixas taxas de imunização, os hospitais cheios, a entrada de novas cepas no país, além de uma falsa sensação de segurança em decorrência da aplicação da primeira dose – os estudos garantem imunização apenas quando tomado o reforço vacinal.

Cerca de 30% dos moradores já tomaram a primeira dose da vacina até esta terça-feira (15), enquanto apenas 10,58% tomaram a segunda dose. Ao todo, 16.082 moradores já perderam a vida para a Covid-19 em Santa Catarina.

Participe do grupo e receba as principais notícias
da Grande Florianópolis na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Coronavírus 3s4k5s

Coronavírus

Pais que recusaram vacina são obrigados a vacinar filhos e pagar multa em SC 6p1ni

Moradores de Schroeder se recusaram a vacinar as crianças sem justificativa médica, segundo o Minist ...

Coronavírus

Covid-19: Dive começa distribuição das vacinas recebidas pelo Ministério da Saúde 496o65

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina começou a distribuição de novas do ...

Coronavírus

Após três meses, Santa Catarina recebe nova remessa de vacinas contra a Covid-19 6n3xw

Desde julho, o Estado não recebia vacinas para o público infantil, enquanto outras doses venceram em ...

Coronavírus

Falta de vacinas: 65% das cidades do Brasil relatam estoque crítico 70m2z

Paulo Alceu: "isso preocupa, pois a falta de vacina é a porta para o retorno de doenças erradicadas. ...

Coronavírus

Santa Catarina registra primeiros casos da nova variante do coronavírus 2l4kf

Santa Catarina confirmou os primeiros casos da nova variante do coronavírus, que foram registrados n ...