Steven Spinale, de 30 anos, quase morreu após retirar um pelo encravado da virilha. Isto porque o homem desenvolveu uma sepse que quase o matou.

Só para se ter uma ideia, os médicos chegaram a induzir o paciente ao coma por três semanas e chegaram a afirmar que ele não tinha mais atividade cerebral com apenas 4% de chances de sobreviver.
A internação do norte-americano aconteceu no fim de 2022 e ele ainda ou por uma série de complicações como, por exemplo, pneumonia nos dois pulmões, síndrome do desconforto respiratório agudo, coágulos sanguíneos e falência de órgãos.
“Nunca perdemos a fé quando outros o fizeram”, disse sua irmã, Michelle, no TikTok esta semana.
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♬ Never Give Up – Motiversity & Coach Pain & Dr. Jessica Houston
No entanto, por um milagre, ele sobreviveu e estava recuperando a capacidade de andar no final de 2023.
“Nunca perdemos a esperança ou a fé”, Michelle legendou outro TikTok , postado na semana ada. E graças a Deus não o fizemos, porque olhe para ele agora!”, declara a irmã.
O que é doença desenvolvida após retirada do pelo encravado? 5b5k56
A sepse, desenvolvida por Spinale, é, segundo o Minsitério da Saúde, um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo.
A condição inicial, que é justamente a entrada de bactérias nocivas no sangue, pode ser causada por uma infecção séria ou por algo inofensivo, como uma escovação mais vigorosa dos dentes, explica o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento.
“Em tais casos, a maioria das pessoas não apresenta sintomas. Porém, ocasionalmente, a bacteremia leva a infecções, sepse ou a ambas”, explica o guia médico.
Na sepse, a bacteremia desencadeia uma resposta séria em todo o corpo, com sintomas que incluem febre, fraqueza, frequências cardíaca e respiratória aceleradas e aumento do número de glóbulos brancos.
“A resposta afeta igualmente muitos órgãos internos, como os rins, o coração e os pulmões, que começam a falhar”, complementa o manual.
Liberação de citocinas 1e2t71
Essas bactérias começam a liberar toxinas na corrente sanguínea e, como resposta, o corpo libera substâncias (citocinas) que desencadeiam um processo inflamatório.

As citocinas, por mais que ajudem a combater a infecção, podem causar a dilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão arterial para níveis preocupantes. Elas também podem causar coagulação em alguns órgãos.
Se o quadro piorar, os pacientes podem ter uma diminuição do fluxo de sangue para órgãos vitais. Além disso, o coração tenta compensar a falha trabalhando mais, aumenta o ritmo, mas acaba enfraquecido pelas toxinas das bactérias e pelo excesso de bombeamento.
Como consequência, os órgãos e tecidos não recebem mais sangue suficiente e liberam um o de ácido láctico no sangue, tornando-o mais ácido.
“Todos esses efeitos resultam em um ciclo vicioso de piora do mau funcionamento dos órgãos”, ressalta o Manual MSD.
Algumas pessoas têm mais risco de um desfecho pior em quadros de bacteremia e sepse, inclusive idosos, como é o caso de Stenio Garcia.
Também entram nesse grupo recém-nascidos, grávidas, pessoas com diabetes ou cirrose, pacientes em tratamento para câncer, Aids e outras condições que enfraquecem o sistema imunológico.
O tratamento é feito com antibióticos e outros medicamentos, bem como com e de oxigênio.