Hospital de Chapecó é o único do Sul a participar de estudo internacional em neurocirurgia 6c3044

Equipe de neurocirurgia do HRO realizou três neurocirurgias para a ressecção de tumores cerebrais com a presença de profissionais e pesquisadores espanhóis 4m5q5p

O HRO (Hospital Regional do Oeste), uma das principais referências no atendimento médico em Chapecó e na região oeste de Santa Catarina, realizou nesta semana três neurocirurgias inovadoras para a remoção de tumores cerebrais com pacientes acordados.

neurocirurgia acontecendo no HRO Dr. Jesús acompanhado da equipe do HRO, durante a cirurgia. – Foto: HRO/Divulgação/ND

O HRO foi o único hospital do Sul do Brasil a ser incluído no estudo internacional multicêntrico denominado “E-motions Test: Monitoramento e preservação do processamento emocional, cognição social e saúde mental em pacientes com tumor cerebral usando mapeamento cognitivo multimodal”.

O projeto é liderado pelo neurocirurgião e neurocientista espanhol Jesús Martín-Fernández e pela neuropsicóloga Natalia Maria Navarro Peris, que participaram das cirurgias realizadas no hospital.

Segundo p neurocirurgião Marcelo Lemos Vieira Da Cunha, integrante da equipe de Neurocirurgia e Neurologia do HRO e responsável pelos procedimentos, a vinda dos especialistas espanhóis foi possível graças ao trabalho consistente desenvolvido pela equipe do HRO, que vem realizando esse tipo de cirurgia há quase dez anos.

neurocirurgia acontecendo no HRO Estudo já ou por 22 países. – Foto: HRO/Divulgação/ND

Outro fator decisivo para essa colaboração foi a infraestrutura de ponta do centro cirúrgico do hospital, que conta com um microscópio avançado capaz de utilizar fluorescência para delimitar o tumor.

Além disso, o hospital conta com ultrassom, aspirador ultrassônico e tecnologia para transmissão ao vivo de cirurgias em alta definição, o que permite a troca de conhecimentos e aprimoramento contínuo, similar ao que se encontra em grandes hospitais como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein.

“Encontramos um hospital em condições perfeitas, com todos os equipamentos necessários. Ficamos impressionados com a organização impecável. Foi uma experiência excelente e esperamos voltar em breve”, afirmou o neurocirurgião Martín-Fernández.

“Os pacientes estavam muito bem informados e os casos foram cuidadosamente selecionados, seguindo toda a técnica e filosofia do estudo. Estamos encantados com a recepção”, acrescentou a neuropsicóloga.

Para Marcelo Cunha, essa colaboração internacional fortalece ainda mais a posição do HRO na vanguarda das neurocirurgias para ressecção de tumores cerebrais.

“Essa visita representa um marco na Neurocirurgia de Chapecó, resultado do esforço conjunto de toda a equipe do hospital, com o apoio crucial da direção e de órgãos governamentais. É um reconhecimento da importância do investimento público em benefício da população do Oeste Catarinense”, concluiu Cunha.

Entenda o estudo que resultou nas três neurocirurgias no HRO 27251n

Natalía Navarro Peris e Jesús Martín-Fernández já conduziram a pesquisa em 22 países, aprimorando uma técnica inovadora de cirurgia cognitiva com o paciente acordado.

O objetivo principal desse método é garantir que as funções neurológicas dos pacientes sejam preservadas, abrangendo não apenas a fala e os movimentos, mas também aspectos emocionais, cruciais para a interação social.

Em 2023, Martín-Fernández fez história ao realizar a primeira cirurgia acordada no mundo que utilizou inteligência artificial para preservar as emoções em pacientes com tumor cerebral.

Natalía e Jesús já aram por 22 paísespara a realização da pesquisaNatalía e Jesús já aram por 22 paísespara a realização da pesquisa

Embora o uso de cirurgias com o paciente acordado já seja uma prática consolidada para proteger funções motoras e linguísticas, a inovação proposta pelo neurocirurgião espanhol vai além.

Seu trabalho introduz uma análise das emoções durante o procedimento, com o e de ferramentas de IA, garantindo uma abordagem mais holística.

Para explicar essa técnica, Martín-Fernández compara o cérebro a uma casa. Ele esclarece que operar com o paciente sedado é como andar em uma casa no escuro: sem enxergar claramente, os riscos de esbarrar em algo são maiores e o controle dos resultados é reduzido.

Já com o paciente acordado, é como se a luz estivesse acesa, permitindo ao cirurgião localizar e preservar com precisão as funções vitais.

Natalía enfatiza o papel crucial da neuropsicologia nesse processo. “Nossa função é iluminar o caminho do cirurgião, ajudando-o a identificar os momentos e as áreas críticas para a remoção do tumor, sem comprometer as funções que queremos preservar”, explica.

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