O dia 17 de agosto de 2021 ficará marcado como um dia histórico na vida do jornalista Matheus Antônio Kraemer, de 24 anos. O jovem recebeu de uma forma inusitada a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, após meses de angústia e insegurança devido à pandemia.
O jornalista recebeu a vacina vestido de Zé Gotinha. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/NDKraemer foi receber a vacinação vestido de Zé Gotinha, o personagem brasileiro criado para as campanhas de vacinação contra o vírus da poliomielite. A figura chama a atenção por onde a, principalmente do público infantil, e com o jornalista não foi diferente.
O jovem chegou a unidade de saúde do bairro Santa Maria em um fusca vermelho e trajando a fantasia para receber a primeira dose da vacina, marcada para as 15h. Segundo ele, a energia mudou totalmente no local. O jornalista chamou a atenção e até parou para fotos.
“Quando cheguei percebi a felicidade nas pessoas. Eu fui sozinho me vacinar, então me ajudaram e até fizeram fotos e vídeos. Além de tudo, gerou um sentimento de solidariedade nas pessoas e eu consegui gerar um impacto positivo nas pessoas”, conta.
Para o jornalista, esse foi um momento muito aguardado e precisava ser registrado e comemorado de uma forma especial e única. A ideia de se fantasiar para receber a vacinação já existia há algum tempo, mas a decisão pelo Zé Gotinha foi intencional para conscientizar as pessoas sobre a importância da imunização.
“Se vacinar é um ato de respeito à vida, minha e do próximo. Tratei esse dia como um dia histórico, para celebrar a vida. A fantasia do Zé Gotinha serviu para mostrar a vacinação de uma forma positiva”, enfatiza.
Longe do vírus 4q712m
Kraemer relata que não contraiu Covid-19, mas lamenta a perda de milhares de pessoas. Apesar de não ter tido contato com o vírus, teve amigos internados e familiares que tiveram as vidas ceifadas. Para ele, a vacinação é a única saída e a esperança para a retomada da vida pós-pandemia.
O jornalista lembra que no início da pandemia, quando Chapecó vivia um lockdown, sentiu de perto a angústia e o medo. “Lembro que era 15h e precisei ir ao mercado. As ruas da cidade estavam vazias, era um silêncio assustador. Lembro que senti uma preocupação extrema com tudo que vivemos desde que esse vírus chegou”.
Esse foi mais um motivo para o jornalista se emocionar no momento da vacinação. “Ontem quando sai pelas ruas e encontrei as pessoas foi muito emocionante e me fez refletir ainda mais sobre a importância da ciência e do SUS. Se tem vacina, precisamos nos vacinar. A pandemia ainda não acabou, mas vamos sair dessa”, complementa.
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Um vídeo foi compartilhado nas redes sociais incentivando a vacinação. – Vídeo: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
