Com a UTI em lotação máxima há três semanas, o Hospital Regional Helmuth Nass, em Biguaçu, corre o risco de fechar a ala dedicada a paciente graves com a Covid-19, em sete dias.

Com custo mensal de R$ 480 mil, a manutenção do serviço depende da renovação do contrato entre a SES (Secretaria de Estado da Saúde) e a prefeitura do município.
Em agosto, foram montados 10 leitos de UTI no hospital para atender pacientes com a Covid-19. De acordo com o hospital, seriam feitos três rees para cobrir os custos de funcionamento da UTI. Contudo, apenas um pagamento foi feito.
O funcionamento nos meses de setembro e outubro foi custeado pela própria instituição, que afirma não ter como manter a unidade em operação sem ajuda de custo.
Além da falta de custeio, o hospital diz buscar junto à SES a habilitação dos dez leitos, para garantir sua disponibilidade mesmo após a pandemia.
A istração da unidade diz ter enviado toda a documentação para que o processo fosse realizado, mas que não teve retorno do Estado.
Prefeitura não tem recursos 6a1w8
Por meio de nota, a prefeitura de Biguaçu afirmou não ter condições de custear o funcionamento da UTI. A istração alega que o compromisso assinado em julho era de que a SES fizesse o ree dos valores ao hospital.
Segundo a prefeitura foram realizados três pedidos ao Governo do Estado para que fosse oficializada a habilitação da UTI e também a confirmação do ree, com duas negativas e aguardando resposta do último contato oficial.

A istração municipal afirmou ainda que a unidade chegou a ampliar por conta própria a ala Covid, que atende pacientes fora do quadro grave, mas que precisam ser isolados. A ala ou de 13 para 17 leitos na última semana, dos quais 12 estão ocupados atualmente.
O que diz a SES
Por meio de nota, a SES afirmou que o governo vem horando com a promessa de custear leitos de UTI Covid-19 ainda não habilitados pelo Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, há um plano de contingência que engloba todas as entidades hospitalares com UTIs Covid e ele continua sendo cumprido.
No caso do Hospital Regional de Biguaçu, a SES afirma que aguarda a readequação orçamentária para dar andamento ao processo.
O convênio para o pagamento de R$ 480 mil teria sido autorizado pelo secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, no dia 16 de setembro. Contudo, o que estaria impedindo o ree seria a falta da documentação orçamentária.
Ocupação em 94% 6zy5i
Pelo quinto dia seguido a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto está na casa dos 90% na Grande Florianópolis, única região do Estado em nível gravíssimo no mapa de risco.
Dos 193 leitos disponíveis, 149 estão ocupados e 33 indisponíveis. Assim, apenas 11 leitos estão vagos para a internação de novos pacientes.
A taxa de ocupação dos leitos neonatais está em 77% e dos leitos pediátricos em 33%. Os dados são do Covidômetro e foram atualizados na manhã desta terça-feira (10).