O vírus Marburg ganhou os noticiários mundiais ns últimas semanas ao provocar um surto na Guiné Equatorial. Ao menos 11 pessoas já morreram no país africano vítima deste patógeno, que tem uma taxa de letalidade em torno de 88%.

O Marburg é um filovírus, cujas seis espécies de vírus ebola são as únicas conhecidas da mesma família. O reservatório natural são morcegos que se alimentam de frutas na África. Ele pode ser transmitido a primatas e humanos.
Pacientes infectados pelo vírus Marburg apresentam inicialmente febre, calafrios, dores de cabeça e musculares, mas o quadro evolui para vômito e diarreia, pele amarelada, inflamação no pâncreas, insuficiência hepática, delírios, hemorragia e disfunção de múltiplos órgãos.
Entre 2019 e 2020, ocorreram dois casos de febre hemorrágica brasileira. Os dois pacientes — de 52 e 63 anos — morreram alguns dias após terem apresentado sintomas como febre, dores musculares e abdominais, náusea e prostração. Os quadros evoluíram para sangramento, insuficiência renal e perda da consciência.

A doença é transmitida pelo vírus Sabiá, um mammarenavirus, identificado pela primeira vez em 1990, na Grande São Paulo. Ele é transmitido a partir da inalação ou ingestão de urina ou fezes de roedores selvagens que estejam infectados.
O baixo número de casos faz com que pesquisadores tenham até hoje pouco conhecimento de mais detalhes da febre hemorrágica brasileira.
Vírus ebola 5z5f4w
O vírus ebola é um “primo” do Marburg. Aproximadamente 50% dos pacientes morrem. A doença é transmitida por sangue ou fluidos corporais (urina, saliva, suor, fezes, vômito, leite materno, líquido amniótico e sêmen) de alguém infectado, mas também pelo contato com objetos, como roupas de cama, por exemplo.
Assim como o Marburg, o reservatório natural do vírus são morcegos frugívoros (que se alimentam de frutas) encontrados em alguns países africanos.
Os pacientes costumam ter o chamado período “seco”, com febre, dores no corpo e cansaço, que é precedido de um período “úmido”, com diarreia e vômitos. Muitos podem ter erupções na pele, hemorragias inexplicáveis e hematomas. Atualmente, existe uma vacina aprovada contra o ebola
Vírus Lassa 6nh1l
O vírus Lassa infecta entre 100 mil e 300 mil pessoas por ano em países da África Ocidental, incluindo Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria. Entretanto, a taxa de mortalidade não é considerada alta — em torno de 1%.
O reservatório natural do vírus Lassa é um rato chamado de multimamífero. O vírus é do mesmo gênero do Sabiá. A transmissão para humanos ocorre normalmente pelo contato com secreções desses animais, como fezes e urina, ou por comer alimentos contaminados
A febre de Lassa, como é chamada a doença de quem é infectado, tem como sintomas febre leve, mal-estar geral, fraqueza e dor de cabeça na maioria dos pacientes.
Cerca de 20% dos indivíduos infectados com o vírus Lassa podem ter complicações, como hemorragia nas gengivas, nariz e olhos, além de dificuldade respiratória, dor no peito e nas costas e choque. A morte pode ocorrer dentro de duas semanas após o início dos sintomas devido à falência de múltiplos órgãos. A sequela mais comum é a surdez
Febre amarela 6h1vz
Outra doença que pode provocar sangramento e morte é a febre amarela, causada por um flavavírus transmitido por mosquitos na América do Sul e na África Subsaariana. Enquanto a maioria dos casos é assintomática, cerca de 15% das pessoas desenvolvem formas graves de doença, que tem uma taxa de letalidade de 30% a 60%, dependendo de onde ocorre o surto
Os sintomas incluem febre alta, pele ou olhos amarelados (icterícia), sangramentos, choque e falência de órgãos. A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir contra a febre amarela.
Dengue 1r5s6s
O vírus da dengue — que é um flavavírus, assim como o da febre amarela — pode provocar, em casos mais graves, a chamada febre hemorrágica da dengue, que ocorre principalmente em crianças menores de 10 anos e em locais onde a doença é endêmica, como é o caso do Brasil.
Além dos sintomas iniciais clássicos da dengue (dores de cabeça e no corpo, febre, cansaço etc.), os pacientes com quadro grave podem ter crises de vômito, inchaço do fígado, derrame pleural, ascite (acúmulo de líquido no abdômen) e hemorragias