Medicina ajuda a driblar a infertilidade e realizar sonhos 4w4s3e

O avanço de diferentes métodos de reprodução humana está cada vez mais possibilitando que casais com problemas de fertilidade tragam seus filhos ao mundo 5k1c3o

Ao longo das décadas, o número de pessoas inférteis no mundo só cresce. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a infertilidade afeta de 50 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis. Atualmente, a OMS considera a infertilidade como uma doença do sistema reprodutivo que acomete um a cada cinco casais em idade reprodutiva.

OMS considera a infertilidade como uma doença do sistema reprodutivo que acomete um a cada cinco casais em idade reprodutiva – Foto: Arquivo Pessoal/NDOMS considera a infertilidade como uma doença do sistema reprodutivo que acomete um a cada cinco casais em idade reprodutiva – Foto: Arquivo Pessoal/ND

A ginecologista Mila Ribeiro Cerqueira explica que o casal é definido como infértil quando não consegue uma gravidez após 12 meses de relações sexuais não protegidas. Segundo pesquisas, aproximadamente 15% dos casais enquadram-se nesse critério, devendo procurar uma clínica de reprodução humana para avaliação minuciosa sobre o motivo de não conseguir engravidar.

“É importante destacar que 40% das causas da infertilidade se devem aos fatores femininos, 40% aos fatores masculinos, 10% da infertilidade sem causa aparente e 10% um pouco de cada”, afirma a ginecologista.

A infertilidade na mulher ocorre por diferentes causas e distúrbios de ovulação. Ovário policístico, obstrução de trompas provocada por processos inflamatórios, endometriose, miomas uterinos volumosos e aderências intrauterinas estão entre as causas.

Em alguns casos, como, por exemplo, mulheres que estão em tratamento de câncer e que precisam fazer radioterapia, é aconselhável o congelamento dos óvulos, pois o tratamento atinge diretamente a parte reprodutiva. “Um novo fenômeno recente são as produções independentes, em que algumas mulheres, acima de 35 anos, independentes financeiramente, com alto grau de escolaridade e sem um parceiro buscam essa alternativa para realizar o sonho da maternidade”, pontua a ginecologista.

A transformação do papel da mulher na sociedade nas últimas décadas tem feito com que elas posterguem o sonho de ter filhos. As prioridades da mulher moderna atualmente estão voltadas à realização pessoal e profissional, além da busca por um companheiro ideal, o que consequentemente as tem levado a casarem mais tarde.

Médicos aconselham a gravidez até os 35 anos – Foto: Arquivo Pessoal/NDMédicos aconselham a gravidez até os 35 anos – Foto: Arquivo Pessoal/ND

Contudo, a ginecologista e especialista em reprodução humana Kazue Ribeiro Harada alerta que a idade impacta diretamente nas taxas de gestação e no aumento das perdas gestacionais. “Ao longo da vida, no caso das mulheres, os óvulos envelhecem, a reserva ovariana diminui, o endométrio fica mais fino, dificultando a implantação do embrião, e os ciclos menstruais se tornam mais irregulares e curtos”.

Por isso, aconselha-se engravidar até os 35 anos. Do contrário é indicado buscar ginecologistas que trabalhem em centros de reprodução humana para verificar a qualidade dos óvulos e se é necessário congelá-los para que a mulher tenha a liberdade de engravidar em um momento mais adequado na sua vida. Apesar de as técnicas de congelamento de óvulos terem se tornado ultrarrápidas e modernas, ainda não são 100% seguras.

Já no homem são muitas doenças que alteram o esperma, tanto do ponto de vista de concentração, motilidade, vitalidade ou morfologia. Entre as doenças mais importantes estão as infecções e suas sequelas (uretrites, orquites, epididimites e prostatites), varicocele, distúrbios imunológicos e genéticos. Também interferem na fertilidade masculina as doenças sexualmente transmissíveis, alterações hormonais e exposição a agentes poluentes.

“É importante destacar que infertilidade e esterilidade são problemas diferentes. Enquanto na infertilidade o homem tem espermatozóides que apresentam dificuldades de fecundar o óvulo, na esterilidade não há produção do espermatozóide”, pontua Kazue.

Além disso, a produção de espermatozóides perde a qualidade, principalmente, se o estilo de vida for desregrado. Fatores como sedentarismo, má alimentação, ingestão excessiva de álcool, uso de drogas ilícitas e tabagismo intensificam o problema.

Por isso, segundo a especialista, quando a dificuldade para engravidar aparece, o casal deve procurar um médico que estude a causa da infertilidade e verifique qual técnica deve ser utilizada para resolver o problema. “Cada caso é um caso e, por isso, o atendimento precisa ser individualizado, considerando as particularidades do casal”, destaca a especialista.

Felizmente, com o avanço da tecnologia na medicina diagnóstica e reprodutiva, diversos tratamentos já estão disponíveis, podendo muitas vezes reverter o quadro e concretizar o sonho da maternidade.

O casal deve procurar um médico que estude a causa da infertilidade e verifique qual técnica deve ser utilizada para resolver o problema – Foto: Arquivo Pessoal/NDO casal deve procurar um médico que estude a causa da infertilidade e verifique qual técnica deve ser utilizada para resolver o problema – Foto: Arquivo Pessoal/ND

Os desafios e a alegria da gestação de trigêmeos

A gerente de banco Sabrina Biason, 41 anos, e o empresário Valter Vladimir Biason, 59, são casados há 11 anos e no segundo ano de união decidiram ter o primeiro filho. Na época, Sabrina tinha 29 anos e o filho Vicente foi concebido naturalmente. ados os anos, o casal decidiu que gostaria de aumentar a família e por quatro anos, dos 35 aos 39 anos, ela tentou engravidar, mas sofreu dois abortos espontâneos.

Depois de várias tentativas, no Natal de 2019 o casal optou em buscar orientação médica para um tratamento de fertilização que permitisse concretizar o sonho de tornarem-se pais novamente. Em abril de 2020, optaram pela fertilização in vitro, procedimento em que o óvulo da mãe e o espermatozóide do pai são coletados e fertilizados no laboratório até se tornarem um embrião. A partir dessa escolha, Sabrina iniciou o tratamento com medicações para estimular a ovulação para a coleta dos óvulos.

Ela conta que durante o tratamento realizado na clínica de reprodução assistida foram coletados 14 óvulos, nove foram fecundados, cinco se desenvolveram, mas somente três embriões estavam aptos para serem implantados no útero de Sabrina, o que poderia resultar em uma gestação de trigêmeos.

“Eu estava com 40 anos e a ginecologista me alertou que uma gestação trigemilar na minha idade seria difícil, mas minha vontade de ter filhos era maior do que meu medo e decidi arriscar”, recorda. Valter confirma que eles nunca tiveram receio com relação ao tratamento. “Tinha segurança de que a medicina está muito avançada e que o resultado seria positivo”, diz.

A paciente diz que a ansiedade era tão grande que antes de realizar os exames clínicos para saber se estava grávida, ela mesma decidiu antecipar-se e fazer teste de farmácia. “Quando cheguei na consulta para fazer o primeiro exame de ultrassom, eu já tinha certeza de que não apenas estava grávida, como já pressentia que seriam três”, pontua a mãe. Quando a notícia se confirmou, o pai conta que foi muita emoção e pura felicidade.

No homem são muitas doenças que alteram o esperma, tanto do ponto de vista de concentração, motilidade, vitalidade ou morfologia – Foto: Arquivo Pessoal/NDNo homem são muitas doenças que alteram o esperma, tanto do ponto de vista de concentração, motilidade, vitalidade ou morfologia – Foto: Arquivo Pessoal/ND

Sabrina trabalhou até quase os cinco meses de gestação, mas precisou se afastar porque tinha risco de ter parto prematuro ou de perder os bebês. ado este susto e já em casa, quando estava com 32 semanas ela teve Covid-19. E na 33ª semana, com a piora do seu quadro, a obstetra decidiu antecipar o parto.

“Fui a primeira paciente da clínica a fazer cesárea com coronavírus, por isso os médicos estavam muito apreensivos no momento do parto, mas os recém-nascidos Vitório, Valentim e Vitor nasceram sem o vírus”, recorda do estresse que ou.

Depois do parto, os trigêmeos precisaram ficar semanas na UTI neonatal, pois haviam nascido com oito meses de gestação e a mãe precisava se recuperar da doença.

A mãe revela que os primeiros meses não foram nada fáceis, mas aos poucos foi desenvolvendo uma rotina e diz que apesar do que ou faria tudo de novo. “Aprendi que tenho que ter muita calma. O importante é atender um filho por vez. Além do mais, se me estressar vou acabar tendo o trabalho redobrado”, explica a mamãe dos trigêmeos.

Misto de ansiedade e de alegria na chegada da primeira filha

No último mês da gestação e feliz com a proximidade da chegada da filha Ayla, a mamãe Luciana Borrelli, 30 anos, tem os olhos repletos de lágrima e a alegria estampada no rosto. “É muita expectativa de tê-la em nossos braços, acredito que seja uma sensação única, um misto de alegria e medo, mas acima de tudo é muito amor para compartilhar.”

Há 12 anos juntos, a confeiteira Luciana e o economista Gustavo da Silva Lebre, 43, quando decidiram ter filhos aram dois anos tentando engravidar sem sucesso. Depois de muita frustração e ansiedade, decidiram procurar ajuda médica.

Aos 28 anos, ela não imaginava que tivesse algum problema de fertilidade. “Erroneamente, pensávamos que era um problema que acomete apenas mulheres e homens de idade avançada, além disso, muitas pessoas diziam que quando relaxasse eu engravidaria, o que me gerava sentimento ainda maior de culpa”, relata.

A primeira consulta médica foi em outubro de 2020, mas segundo Gustavo o profissional que os atendeu teve pouca leitura da angústia do casal e atribuía a não gravidez exclusivamente à ansiedade deles. Decepcionados com a primeira abordagem, em 2021 o casal foi em busca de uma segunda opinião com a especialista Kazue Harada.

“Desde o início, a médica nos proporcionou toda a atenção necessária e nos pediu vários exames que ainda não havíamos feito. Foi assim que descobrimos vários problemas de fertilidade”, pontua Luciana, que tinha ovário policístico, endometriose, baixa qualidade de óvulos. Ele tinha baixa quantidade de espermatozóides com morfologia 100%. A partir desses diagnósticos, o casal começou a se planejar para a fertilização in vitro.

“Como sou um pouco mais velho que minha esposa, concluímos que precisávamos fazer o tratamento o quanto antes, pois a cada ano que a as possibilidades ficam menores”, destaca Gustavo. O casal não teve receio em relação ao tratamento em si, pois foi muito bem orientado e teve todo e da médica e de sua equipe.

“O processo em si é bastante desgastante, quase na totalidade para a mulher, pois ela tem que tomar série de medicamentos, injeções e mexe bastante com os hormônios. Então, quando soubemos do sucesso da fertilização foi uma euforia total e um grande alívio”, afirma Gustavo.

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