Monóxido de carbono: tragédia da BMW tem semelhanças com morte de família catarinense no Chile 6d1913

Há quase cinco anos, família de Biguaçu morreu após ser intoxicada por monóxido de carbono em um apartamento em Santiago, no Chile 6l85a

Há quase cinco anos, uma família catarinense morreu em um apartamento em Santiago, no Chile, no dia 22 de fevereiro de 2019. Alguns dias depois, a causa das mortes foi revelada: inalação de monóxido de carbono, o mesmo gás suspeito de ter matado quatro jovens em uma BMW, na madrugada de Réveillon, em Balneário Camboriú.

Monóxido de carbono matou família catarinense Família morreu intoxicada em apartamento na capital chilena – Foto:  Internet/Reprodução/ND

Quatro das seis vítimas de 2019 eram de Biguaçu, na Grande Florianópolis: o casal Fabiano de Souza e Débora Muniz Nascimento de Souza e seus dois filhos adolescentes, Karoliny Nascimento de Souza e Felipe Nascimento de Souza.

A viagem a Santiago aconteceu para comemorar o aniversário de Karoliny. Juntos, estavam os tios Jonathas Nascimento Kruger e Adriane Kruger, de São Paulo. Todos vieram a óbito após inalarem o gás.

Vítimas ficaram horas em ambientes fechados q616y

Os seis corpos foram encontrados dentro do apartamento onde elas estavam hospedadas. Assim como aconteceu com os jovens da BMW, todas as janelas do local estavam fechadas, o que pode ter causado uma grande concentração de monóxido de carbono.

No caso da tragédia em Balneário Camboriú, os jovens ficaram por horas fechados no veículo, com o ar condicionado ligado. Uma das suspeitas, que ainda precisará ser comprovada pela perícia, é de que uma alteração no escapamento do veículo tenha causado um vazamento de monóxido de carbono para dentro do carro, asfixiando as vítimas.

Vazamento de monóxido de carbono e sintomas semelhantes 3ep2o

A possibilidade do vazamento é mais uma semelhança do caso da BMW com a tragédia ocorrida no Chile. No caso dos catarinenses que morreram no apartamento, o vazamento de monóxido de carbono teria surgido de um equipamento usado para aquecer o local, já que fazia frio na noite da tragédia.

Gustavo, Nicolas, Tiago e Karla são os jovens mortos em BMW na rodoviária de Balneário Camboriú – Foto: Reprodução/NDGustavo, Nicolas, Tiago e Karla são os jovens mortos em BMW na rodoviária de Balneário Camboriú – Foto: Reprodução/ND

Assim como os jovens mortos na BMW, as vítimas de intoxicação por monóxido de carbono no Chile também começaram a apresentar sintomas antes do óbito. No caso de Balneário Camboriú, foi relatada uma sensação de forte enjoo, e uma das vítimas chegou a vomitar.

Horas depois, a namorada de um dos jovens percebeu que ele não estava respirando e sangrava pela boca, e notou que os outros ocupantes do carro também estavam no mesmo estado.

À época da tragédia no Chile, uma familiar das vítimas afirmou que os pais dos adolescentes enviaram áudios aos parentes, afirmando que estavam ando mal. Nas mensagens, eles contaram que Karoline havia vomitado e que Felipe sangrava pelo nariz.

Laudo vai indicar se vazamento de monóxido de carbono causou tragédia da BMW 2s4h38

Até o momento, a suspeita a respeito do vazamento de monóxido de carbono não foi confirmada. Um laudo pericial deverá ser divulgado pela Polícia Científica nos próximos dias para determinar a real causa da tragédia.

Vítimas estavam em carro BMW estacionado na rodoviária – Foto: Polícia Militar/Reprodução/NDVítimas estavam em carro BMW estacionado na rodoviária – Foto: Polícia Militar/Reprodução/ND

De acordo com o médico de família e comunidade Carlos Henrique Martinez Vaz, o monóxido de carbono causa intoxicações graves.

“Normalmente, respiramos oxigênio, essencial para o funcionamento celular. O monóxido de carbono substitui o oxigênio, impedindo sua correta distribuição às células. Em casos graves, pode levar à asfixia e óbito”, explicou em entrevista recente ao portal ND Mais.

Outro especialista ouvido pelo Portal foi o médico de família Marcelo Gobbo. Segundo Gobbo, o gás se liga à hemoglobina e impede a troca de oxigênio, levando à sufocação.

O também médico de família, Marcelo Gobbo, complementou explicando que o monóxido de carbono, produzido pela queima de biomassa e outros compostos de carbono, se liga à hemoglobina, impedindo a troca de oxigênio e levando à sufocação.

Como prevenir intoxicações por monóxido de carbono 5l45m

Aquecedores a gás ou a combustível podem ser fontes de emissão do monóxido e, quando não há a correta troca de ar dentro do ambiente, os acidentes podem acontecer, segundo a médica Mayara Floss. Intoxicações também são comuns quando o motor do carro fica ligado em ambientes bloqueados.

Além disso, a inalação de fumaça de incêndio, exposição à fumaça de motores de barcos em áreas mal ventiladas e, em alguns casos, o uso de narguilé, podem causar intoxicação.

Os sintomas principais são dores de cabeça, náusea, tontura, vômito e confusão. De acordo com o Ministério da Saúde, há uma série de medidas que devem ser adotadas para evitar acidentes com o gás.

Veja as recomendações do Ministério da Saúde 6173z

  • Manutenção do Veículo: certificar-se regularmente de que o sistema de escape está em bom estado, evitando vazamentos;
  • Ambientes fechados: nunca deixar o carro ligado em locais fechados, mesmo com as portas abertas, para evitar acúmulo rápido de monóxido de carbono;
  • Sistema de ventilação: utilizar o sistema de ventilação durante a condução, garantindo a circulação do ar e reduzindo a concentração de monóxido de carbono;
  • Atenção a vazamentos: estar alerta a odores estranhos ou sinais visíveis de vazamento no sistema de escape.
  • Não bloquear entradas de ar: evitar bloquear as entradas de ar externas do veículo para manter uma ventilação adequada;
  • Não usar o carro como fonte de aquecimento: evitar usar o carro para aquecimento prolongado, especialmente em climas frios;
  • Alarmes de monóxido de carbono: considerar a instalação de um detector de monóxido de carbono no veículo para alertas sonoros em caso de concentrações perigosas.
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