O Ministério Público Federal vai investigar uma denúncia do CRM-SC (Conselho Regional de Medicina) sobre a falta de médicos no Hospital Universitário da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Enquanto isso, o hospital espera a chegada de 14 profissionais em regime emergencial.

O reitor Irineu Manoel de Souza se reuniu em Brasília na última semana com Oswaldo de Jesus Ferreira, presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), empresa vinculada ao Ministério da Educação que istra o HU.
No encontro, além da promessa de contratação, houve a garantia de ree de verbas do Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais) ao hospital até o fim de 2022.
Já o CRM apresentou uma denúncia ao MPF sobre a falta de profissionais. Em nota publicada na última terça-feira (20), o órgão demonstrou preocupação sobre ausência de pediatras, obstetras e ginecologistas, além de problemas nas escalas durante o mês de setembro no setor de urgência e emergência em pediatria.
“Percebemos, durante a fiscalização, que as escalas médicas mensais do Serviço de Obstetrícia (urgência, emergência, centro obstétrico e enfermaria) permanecem incompletas ou são preenchidas de última hora”, diz o relatório entregue ao MPF.
“Por vezes, podem ser suspensos os serviços ambulatoriais ou mesmo as cirurgias obstétricas eletivas para completar a escala de Urgência e Emergência.”
O hospital enfrenta problemas no atendimento por conta da falta de profissionais e o aumento da demanda. No início de setembro, o HU ou a adotar o regime de referenciamento no atendimento a gestantes e mais recentemente interrompeu por cinco dias os acolhimentos na emergência pediátrica.
“Essa situação nos deixa muito preocupados”, diz o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro. Ele entende que a situação deixa mulheres e crianças expostas a riscos e prejudica também os próprios médicos, que precisam atuar sem as condições adequadas.
Ainda conforme o conselho, Na fiscalização, o hospital foi notificado sobre a necessidade de garantir pessoal para a definição mensal e o cumprimento das escalas na obstetrícia, na ginecologia e na pediatria. O documento também indicou a necessidade de “garantia do médico diarista/rotineiro para a UTI neonatal nos finais de semana”.