A médica veterinária de 27 anos, Carolina Arruda, luta contra uma doença conhecida por gerar a pior dor do mundo. Ela foi diagnosticada com Neuralgia do Trigêmeo e há 11 anos luta contra essa doença crônica.

O que é Neuralgia do Trigêmeo?
A doutora neurocirurgiã, Danielle de Lara, explicou ao Portal ND Mais que a neuralgia do trigêmeo é uma doença crônica que atinge o nervo trigêmeo, nervo responsável por permitir a sensibilidade na pele da nossa face, desde a testa até o limite inferior do queixo.

“Os pacientes se sentem dor, que geralmente se apresenta como um choque na metade do rosto. A depender do lado em que o nervo está afetado, essa dor pode variar desde uma intensidade leve a extremamente intensa. Sendo considerada uma das piores dores que uma pessoa pode sentir”, explica a doutora.
Ela ainda conta que doença pode ser desencadeada por movimentos comuns como falar, o mastigar ou até mesmo escovar os dentes.
“Muitas vezes ela é confundida com outras doenças ou outras dores, até mesmo com problemas nos dentes”, explica Danielle.
“Não é raro o paciente vir no consultório para avaliação já depois da extração de vários dentes, porque a dor havia sido confundida com um problema de canal ou mesmo a informação dentária”, completa.
Já o tratamento, inicialmente, é feito com medicações, que são de uso crônico diário e quando não há uma resposta, próximo o é uma neurocirurgia cerebral.
Ela pode ser feita desde procedimentos com cateterismo ou uma neurocirurgia cerebral aberta. “Essa indicação vai depender da idade do paciente, da intensidade dos sintomas e da orientação do neurocirurgião que avalia o caso”, completa a doutora.
Jovem com Neuralgia do Trigêmeo, considerada a ‘pior dor do mundo’, faz vaquinha para conseguir eutanásia
Carolina Arruda divulga sua rotina com a doença nas redes sociais e nos últimos dias, ela surpreendeu seus seguidores ao revelar que quer viajar para Suíça fazer uma eutanásia.
Ela pretende arrecadar o dinheiro para o procedimento, que segundo ela, é burocrático. Através da vakinha online, ela já arrecadou cerca de R$ 40 mil. A meta de arrecadação é de R$ 150 mil.
“Pra quem pode julgar minha decisão de buscar a eutanásia eu peço que reflitam com compaixão. A minha jornada tem sido uma batalha constante contra uma dor inável”, comenta.
“E a eutanásia na Suíça é minha escolha após anos de sofrimento e esgotamento de todas as opções de tratamento. Agradeço por respeitarem minha busca pela paz e pelo alívio”, completa.
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O ato tido como um suicídio assistido é proibido no Brasil, mas permitido em alguns países, como na Suíça, onde a jovem pretente fazer o procedimento.
No Brasil, a eutanásia é proibido proibidos. O termo e a expressão “suicídio assistido” não aparecem no Código Penal brasileiro, mas quem praticar o ato, pode ser acusado de homicídio doloso. Segundo Código Penal Brasileiro, a pena pode chegar até 20 anos.