A infecção causada por uma ameba conhecida como Naegleria fowleri tem ganhado destaque devido à sua gravidade e raridade. A “ameba comedora de cérebro”, pode causar uma infecção cerebral fatal. Embora os casos sejam extremamente raros, a gravidade da doença torna a infecção um tema importante para a saúde pública.

No Brasil, testes confirmaram que uma bebê de 1 ano e 3 meses morreu infectada. Essa foi a primeira morte pelo parasita confirmada no país.
O que é a ‘ameba comedora de cérebro’? 5b4l71
A Naegleria fowleri é uma ameba de vida livre que habita ambientes aquáticos de água doce, como lagos, rios, fontes termais e piscinas mal tratadas.
Ela é microscópica e, em circunstâncias normais, não representa uma ameaça significativa para os seres humanos. No entanto, quando a ameba entra no corpo humano, pode causar uma infecção cerebral devastadora.
A ameba entra pelas vias nasais e segue em direção ao cérebro, onde causa uma inflamação grave conhecida como meningoencefalite amebiana primária (MAP). Este tipo de infecção é extremamente raro, mas é altamente fatal.

Sintomas 1c2gw
Os sintomas iniciais da infecção podem ser semelhantes aos de uma gripe, tornando o diagnóstico precoce mais difícil. Entre os sintomas iniciais estão:
- Dor de cabeça intensa;
- Febre;
- Náuseas e vômitos;
- Alterações no olfato e no paladar;
- Rigidez no pescoço.
À medida que a infecção progride, os sintomas se intensificam e podem incluir:
- Confusão mental;
- Convulsões;
- Paralisia;
- Coma.
Sem tratamento imediato, a infecção geralmente leva à morte em questão de dias.
Como se prevenir? v5v3c
A infecção pela ameba Naegleria fowleri ocorre principalmente em pessoas que entram em contato com águas contaminadas, como em atividades de natação, mergulho ou esportes aquáticos. O risco é maior em regiões com águas de temperatura elevada e em locais onde o tratamento da água não é adequado.
Para se prevenir, é importante seguir algumas orientações:
- Evitar mergulhar em águas quentes e turvas, como lagos ou fontes termais;
- Usar tampões nasais ao nadar em locais de risco;
- Garantir que piscinas sejam tratadas adequadamente.
Fui infectado! E agora? 5x663c
Se você acredita ter sido infectado pela ameba comedora de cérebro, é crucial buscar atendimento médico imediato. A infecção por essa ameba pode ser muito grave e progressiva, mas a detecção precoce e o tratamento rápido podem aumentar as chances de sobrevivência.
Se você apresenta sintomas suspeitos, é essencial procurar atendimento médico o mais rápido possível.

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como uma análise do fluido cerebrospinal (líquido espinhal) para detectar a presença da ameba. Além disso, podem ser realizados exames de imagem (como tomografia ou ressonância magnética) para verificar o grau de dano cerebral.
Tratamento 601072
O tratamento geralmente envolve o uso de uma combinação de medicamentos, incluindo antifúngicos e antibióticos, que são istrados para tentar combater a infecção.
O tratamento pode ser istrado por via intravenosa e exige monitoramento constante. A infecção exige cuidados intensivos, portanto, o tratamento será feito em ambiente hospitalar.
O e intensivo pode incluir ventilação mecânica, controle de convulsões e monitoramento dos sinais vitais para ajudar o corpo a combater a infecção.
Casos confirmados recentemente 3d82n
Um homem morreu após ter sido infectado pela ameba comedora de cérebro na Geórgia, nos Estados Unidos. Segundo as autoridades, o homem teria contraído o parasita ao nadar em um lago ou lagoa de água doce.
No Brasil, uma bebê de 1 ano e 3 meses morreu em 19 de setembro, no Ceará, sete dias após o início dos sintomas. A confirmação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde do Ceará foi publicada em 9 de dezembro, após exames de necrópsia confirmarem a presença do parasita.

A criança morava em um assentamento rural, na cidade de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. Ela morreu uma semana após começar a apresentar um quadro de febre, irritação e vômito, que rapidamente evoluiu para sintomas neurológicos.
A conclusão da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará é que a criança foi infectada pela água do açude que abastece o assentamento onde a família vive.