O que é hemimelia fibular, doença rara de filha de Adriana Araújo, causas e tratamento 1o3y3z

Entenda o que é hemimelia fibular, a condição rara da filha da jornalista Adriana Araújo. Descubra causas, sintomas e tratamentos 3o1wc

Montagem com foto de Adriana Araújo como âncora do Jornal da Band, à esquerda, e apresentadora com a filha Giovanna, que sofre hemimelia fibular, à direitaFilha de âncora Adriana Araújo sofre de hemimelia fibular – Foto: Instagram/Reprodução

O recente desabafo emocionante da jornalista e âncora do ‘Jornal da Band’, Adriana Araújo, sobre a jornada de sua filha, Giovanna, trouxe à tona uma condição congênita rara: a hemimelia fibular.

Ao compartilhar a luta e a superação de Giovanna, hoje médica aos 27 anos, Adriana não apenas tocou a web, mas também abriu espaço para a conscientização sobre essa malformação que afeta o desenvolvimento dos membros inferiores.

Mas, afinal, o que é a hemimelia fibular e como ela impacta a vida das pessoas?

Neste artigo, mergulharemos nos detalhes dessa condição, explorando suas causas, os desafios enfrentados por quem convive com ela e as opções de tratamento disponíveis, com base em informações de fontes médicas especializadas.

O que é hemimelia fibular? 3z186g

A hemimelia fibular é definida como uma malformação congênita, ou seja, presente desde o nascimento, caracterizada pela ausência parcial ou total da fíbula. A fíbula é um dos dois ossos longos da perna, localizado na parte lateral, sendo o osso mais fino em comparação com a tíbia. Conforme descrito pelo International Center for Limb Lengthening (ICLL), essa condição é a deficiência congênita de ossos longos mais comum.

A ausência ou desenvolvimento incompleto da fíbula leva a uma série de consequências, sendo a mais evidente o encurtamento do membro afetado. Além disso, é comum a presença de deformidades na perna, como um arqueamento (angulação), e anormalidades no pé, que pode ter uma posição atípica e a ausência de alguns dedos.

É importante ressaltar que, embora as alterações mais visíveis se concentrem na perna e no pé, toda a extremidade inferior, desde o quadril, pode ser afetada em algum grau.

Causas e incidência 5o4em

A causa exata da hemimelia fibular ainda é desconhecida pela ciência. Acredita-se que ocorra devido a um erro genético espontâneo durante o desenvolvimento do broto do membro inferior no útero, especificamente entre a sexta e a oitava semana de gestação.

Esse erro não está relacionado a fatores hereditários dos pais, ocorrendo de forma isolada no desenvolvimento fetal. Por ser uma mutação espontânea, o risco de um casal ter um segundo filho com a mesma condição ou de uma pessoa com hemimelia fibular ter um filho com a condição não é aumentado, mantendo-se na incidência geral da população, que é estimada em 1 a cada 40.000 nascidos vivos, segundo o ICLL.

Como a hemimelia fibular afeta o corpo? 1g4u64

Os efeitos da hemimelia fibular vão além do encurtamento da perna e das deformidades visíveis. Diversas estruturas do membro inferior podem ser afetadas:

  • Quadril: Pode apresentar uma leve displasia, com o encaixe da articulação sendo mais raso.
  • Fêmur (osso da coxa): Frequentemente há uma diferença de comprimento em relação ao lado não afetado e pode haver uma torção para fora (torção femoral externa), levando a um andar com os pés apontados para fora.
  • Joelho: Quase sempre apresenta algum grau de instabilidade devido à ausência ou anormalidade dos ligamentos cruzados (anterior e posterior).
  • Tíbia (osso principal da perna): É sempre mais curta no lado afetado e pode apresentar uma angulação (arqueamento), muitas vezes marcada por uma pequena depressão na pele na parte frontal da perna.
  • Tornozelo e pé: A articulação do tornozelo pode estar desalinhada (valgo do tornozelo, apontando para fora) e o pé pode estar posicionado para baixo (equino) e/ou para fora. A ausência de dedos laterais é comum, mas o número de dedos presentes varia muito e não determina, por si só, a funcionalidade do pé. Frequentemente ocorre a fusão de ossos do pé (coalizão tarsal), principalmente entre o tálus (osso do tornozelo) e o calcâneo (osso do calcanhar), eliminando a articulação subtalar (responsável pelo movimento de lado a lado do pé).

Diagnóstico e tratamento 11244h

O diagnóstico da hemimelia fibular geralmente é feito logo após o nascimento, através do exame físico que evidencia as deformidades e o encurtamento do membro. Exames de imagem, como radiografias, são essenciais para confirmar a ausência ou hipoplasia da fíbula e avaliar detalhadamente todas as alterações ósseas e articulares associadas.

O tratamento da hemimelia fibular é altamente individualizado e depende da gravidade da condição, do grau de encurtamento, das deformidades presentes e do impacto na funcionalidade do paciente. O objetivo principal é obter um membro funcional, estável e o mais próximo possível do comprimento do membro contralateral.

As opções terapêuticas variam:

  • Casos leves: Em situações onde a diferença de comprimento é mínima e as deformidades são leves, o tratamento pode envolver apenas acompanhamento médico e, eventualmente, o uso de palmilhas ou pequenas compensações no calçado.
  • Tratamento não cirúrgico: O uso de órteses (aparelhos externos) e próteses pode ser indicado para dar e ao membro, auxiliar na marcha e compensar a diferença de comprimento, especialmente em crianças pequenas ou como medida temporária.
  • Tratamento cirúrgico: Para casos mais complexos, a cirurgia é frequentemente necessária. As abordagens incluem:
    • Alongamento ósseo: Procedimentos como o método de Ilizarov ou hastes intramedulares de alongamento podem ser utilizados para corrigir a diferença de comprimento da tíbia e do fêmur.
    • Correção de deformidades: Cirurgias para corrigir o arqueamento da tíbia, o alinhamento do tornozelo (osteotomias) e a instabilidade do joelho (reconstrução ligamentar) podem ser realizadas.
    • Reconstrução do pé e tornozelo: Procedimentos para melhorar o alinhamento e a estabilidade do pé.
    • Amputação: Em casos muito graves, com deformidade severa do pé que impede o uso de calçados ou a adaptação de próteses, e grande discrepância de comprimento, a amputação (como a amputação de Syme, que preserva parte do calcanhar para melhor apoio) seguida de protetização pode ser a melhor opção para garantir uma boa funcionalidade e qualidade de vida.

A decisão sobre qual tratamento seguir é complexa e deve ser tomada em conjunto pela equipe médica especializada em ortopedia pediátrica e reconstrução óssea, o paciente e sua família, considerando todos os aspectos da condição e os objetivos a longo prazo.

Veja o emocionante relato de Adriana Araújo sobre condição da filha 502m2k

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