A consagrada jornalista brasileira Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Glória foi diagnosticada com câncer de pulmão há quatro anos e obteve um tratamento bem sucedido, porém enfrentava metástases recentes do tumor no cérebro.

“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente. Em meados do ano ado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã”, diz comunicado da TV Globo.
Em 2019, quando a jornalista foi diagnosticada com um câncer no pulmão, o tratamento com imunoterapia foi bem sucedido. No mesmo ano, após sofrer um desmaio, Glória descobriu uma metástase do câncer no cérebro – quadro grave, quando as células cancerígenas progridem, entram na corrente sanguínea, e atingem outros órgãos além do original da doença. Ela realizou uma cirurgia para retirada do tumor, também bem sucedida, e continuou um tratamento com radioterapia e imunoterapia para eliminar resquícios do câncer e evitar a recorrência.
Segundo o comunicado da TV Globo, no entanto, em meados do ano ado foram detectadas novas metástases no cérebro, o que levou a jornalista a dar início a uma nova etapa no tratamento. No entanto, a emissora diz que ele “deixou de fazer efeito nos últimos dias”, o que provocou o óbito de Glória.
O que é a imunoterapia? 375e4k
O método, considerado inovador, estimula o próprio sistema imunológico para combater as células cancerígenas e, por isso, evita os efeitos colaterais por vezes graves da quimioterapia e da radioterapia.
A imunoterapia pode ser realizada isoladamente ou associada a outros tratamentos, inclusive, à quimioterapia. A indicação é individualizada, feita com base no tipo e estágio do tumor, bem como nas condições clínicas do paciente.
Na prática, a estratégia adotada vai de encontro aos princípios da chamada oncologia de precisão, pois há uma medicação específica para cada tipo de câncer e de paciente. No que diz respeito à istração dos medicamentos, ela é feita de maneira intravenosa e realizada no centro de oncologia.
Os efeitos colaterais da imunoterapia são na maior parte das pessoas mais leves dos que os sentidos na quimioterapia. Dessa forma, ela é considerada menos prejudicial ao bem-estar e qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, a terapêutica não afeta a produção de glóbulos brancos. Com isso, não reduz a produção dos leucócitos (células que atuam na defesa do organismo),diminuindo o risco de infecções. Outro ponto positivo é que não há queda de cabelos ou pelos.
Entretanto, é preciso frisar que efeitos colaterais podem sim ocorrer ao longo do tratamento. Os efeitos adversos mais frequentemente relatados são falta de disposição, manchas e/ou coceira na pele e diarreia.