Quando lembramos de varizes, imediatamente vem a imagem de uma perna com vasos grossos e vasinhos levando a uma aparência feia. Mas a doença venosa que causa as varizes é muito mais do que apenas uma questão estética.
Quem sofre com as varizes sabe bem do que se trata, afinal são comuns relatos de sintomas como peso, dor, cansaço, coceira, queimação, cãibras e inchaço das pernas!
Os vasinhos também podem ter sintomas relatados, como queimação local e coceira.
Devemos ter em mente que, muito mais que a aparência, as veias dilatadas podem causar complicações sérias! Vamos mostrar aqui quais são elas…
1. Dermatite ocre 3p416f
A dermatite ocre acontece com a evolução da doença venosa, que é crônica (estará sempre presente) e é progressiva (vai piorar com o tempo).
Devido à dilatação das veias, parte do conteúdo do sangue como as hemácias saem dos vasos e o ferro presente na hemácia acaba sendo depositado na pele, causando a coloração acastanhada, ocre, na pele.
Além das hemácias, outras substâncias do sangue vasam dos vasos dilatados e com o tempo, por serem tóxicas para a pele, estas substâncias vão lesionando a pele.
2. Úlcera venosa 445i47
A úlcera venosa é uma ferida que dificilmente cicatriza, ou que recorre várias vezes. Está presente nas pernas dos pacientes que sofrem com varizes já em estágios avançados da doença venosa crônica.
A úlcera traz inúmeras consequências às pessoas que sofrem com ela, sejam sociais, com danos inclusive emocionais, sejam clínicos com dor, mal cheiro, secreção…
3. Tromboflebite e trombose 1j739
A tromboflebite ocorre quando o sangue coagula dentro da veia e causa uma inflamação local. O perigo da tromboflebite é que quando ela ocorre em veia próxima do sistema profundo, pode acontecer de um pedaço do coágulo (trombo) se desprender e viajar pela circulação podendo causar um quadro grave e potencialmente fatal, a embolia pulmonar, por exemplo!
Por tudo isso é fundamental tratar as suas varizes ANTES de ter de lidar com as complicações da doença venosa.
Portanto, ao menor sinal de problemas, como o aparecimento dos vasinhos, por exemplo, consulte o cirurgião vascular para que o tratamento se inicie já nas fases iniciais.
Prevenção é sempre o melhor remédio!
Mais informações:

Formado em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), Cirurgião Geral com residência em programa credenciado pelo MEC. Cirurgião Vascular com residência em programa credenciado pelo MEC no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, em São José/SC. Chefe do serviço de Cirurgia Vascular do Hospital São Francisco de Assis, em Santo Amaro da Imperatriz, na grande Florianópolis; Membro da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular); Médico regulador/intervencionista do SAMU de Florianópolis/SC; Exerceu a medicina de urgência e emergência em pronto-socorro em hospitais de Blumenau, Indaial, Gaspar e Rio do Sul.
Edição: Alessandra Cavalheiro – Jornalista – Mtb 9771