Ômicron BQ.1 e baixo reforço vacinal: SC tem motivos para se preocupar com ‘nova onda’? 5e2jq

Apenas 54,41% dos moradores acima de 12 anos do Estado tomaram o primeiro reforço vacinal; especialista destaca importância da imunização p2t5w

O número de testes positivos de Covid-19 aumentou no país nas últimas semanas e a subvariante da Ômicron BQ.1, que impacta e Europa e os Estados Unidos, já foi identificada em Manaus e no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, porém, a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) afirma que casos da nova cepa não foram detectados no Estado.

Casos positivos de Covid-19 aumentaram nas últimas semanas no país – Foto: Internet/Reprodução/NDCasos positivos de Covid-19 aumentaram nas últimas semanas no país – Foto: Internet/Reprodução/ND

Mesmo assim, a professora e pesquisadora de clínica médica e epidemiologia do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), Fabiana Trevisol, chama atenção para a baixa adesão das vacinas de reforço, que pode fortalecer as mutações do vírus.

“Os estudos falam que a média de duração da vacina é em torno de seis meses, então acredito que devemos fazer reforços como na gripe. Como se trata de uma pandemia, o intervalo entre as doses pode ser até menor do que um ano, especialmente para as pessoas mais vulneráveis”, destaca.

Os dados do governo do Estado atualizados nesta quarta-feira (9) apontam que apenas 54,41% dos moradores acima de 12 anos tomaram o primeiro reforço vacinal. Já o segundo reforço foi realizado por 19,78% das pessoas acima de 30 anos.

Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que a transmissibilidade da BQ.1 tende a ser maior do que a de outras variantes em circulação. O cientista de dados e coordenador da Rede Análise da Covid-19 Isaac Schrarstzhaupt, pondera, porém, que atualmente são apenas dados preliminares.

“O que conseguimos ver é que aparentemente essas variantes são mais resistentes aos tratamentos com anticorpos monoclonais (que são os tratamentos disponíveis hoje)”, diz Schrarstzhaupt, o que poderia explicar o aumento de pessoas que testaram positivo.

Já a infectologista do Instituto Emílio Ribas, Rosana Richtmann, afirmou em entrevista à CNN que é possível falar em uma nova onda de Covid-19 diante do aumento no número de casos.

“Vemos uma maior procura no pronto-socorro, nos consultórios, nas farmácias… Tudo leva a crer que estamos tendo uma repercussão do que está acontecendo no resto do mundo. É preciso observar o que ainda vai acontecer, mas a tendência é que estamos diante, sim, de uma nova de casos.”

Sintomas incomuns e o uso da máscara 6g3v61

Nas últimas semanas, sintomas considerados mais raros, como náusea, diarreia e enjoo, começaram a ser relatos por alguns pacientes, conforme relatos ouvidos pelo ND+.

A epidemiologista da Unisul diz que desde o início da pandemia os sinais da doença eram bastante inespecíficos. Alguns pacientes relataram sintomas gastrointestinais e até conjuntivite, mas é muito particular.

“Os sintomas podem ser atribuídos às variantes, mas depende do paciente, de como a pessoa recebe a infecção, mais que só uma característica do vírus. A nova variante parecer ser bastante transmissível, mas não sabemos ainda se é mais grave”, explica.

A Dive, porém, afirmou que não observou um aumento considerável de casos com esses sintomas em Santa Catarina.

Além disso, Trevisol detalha que o vírus se conecta ao receptor ECA-2, presente em algumas parte do corpo, como a cavidade nasal, a boca e também o trato digestivo. Dependendo por onde o paciente tem contato com o vírus, os sintomas podem variar.

Para evitar ainda infecção e a transmissão da doença, a especialista diz que qualquer pessoa que sentir algum sintoma deve usar a máscara. “Independente se for nariz entupido, gripe, Covid ou um resfriado, usar a máscara, não compartilhar objetos e lavar as mãos constantemente  reduzem a transmissão.”

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