Remédio para artrite diminui risco de morte por Covid-19 em 37%, aponta estudo 4l182b

Testes sugerem que o medicamento tem capacidade de reduzir o risco de morte ou falência respiratória em pacientes internados com pneumonia 1r5n2z

De acordo com um estudo realizado pelos pesquisadores do Hospital Israelita Albert Eisten, em São Paulo, um medicamento para artrite reumatoide da farmacêutica Pfizer pode trazer soluções no combate à Covid-19. Os testes apontam que o remédio tem a capacidade de modular o sistema imunológico e reduzir em 37% o risco de morte ou falência respiratória em pacientes internados com pneumonia associada à doença.

O fato de o medicamento ter agido em pacientes que estavam sendo medicados é um fato positivo – Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil/NDO fato de o medicamento ter agido em pacientes que estavam sendo medicados é um fato positivo – Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil/ND

A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (16), no periódico científico The New England Journal of Medicine. Segundo a pesquisa, a medicação é eficaz apenas em pessoas com quadro moderado.

O estudo teve início em outubro do ano ado e a medicação utilizada foi o Tofacitinibe, vendido pelo nome comercial Xeljanz, que demonstrou impacto na tempestade de citocinas, uma reação exacerbada do sistema imunológico que pode afetar o funcionamento de órgãos vitais.

Esta grave complicação, que pode atingir pacientes com a Covid-19, agrava o estado de saúde do paciente e pode levá-lo à morte.

“A nossa hipótese era: se pegar um paciente com PCR positivo e pneumonia, nos primeiros três dias de internação, der o tofacitinibe e conseguir evitar que essa pessoa deteriore o quadro clínico, é possível reduzir o risco de morte ou falência respiratória”, explica Otávio Berwanger, diretor da ARO (Academic Research Organization) do Einstein.

O estudo Stop-Covid, randomizado e duplo cego, analisou 289 pacientes em 15 hospitais parceiros e mostrou queda de agravamento e risco de morte em relação aos pacientes que tomaram placebo.

“Nesse estudo, todos os pacientes recebiam o tratamento padrão, as medidas de e recomendadas, mas, em cima disso, randomizamos as pessoas, metade recebeu placebo e metade, tofacitanibe. A gente viu que, nesse grupo de pacientes, ao longo de 28 dias, houve uma redução de 37% no risco de morte ou de falência respiratória. Confirmamos o benefício do uso do tofacitinibe para evitar a tempestade de citocinas e o benefício dessa medicação para tratar esses pacientes.”

O fato de o medicamento ter agido em pacientes que estavam sendo medicados – cerca de 90% estavam sendo tratados com corticoides, como a dexametasona – é outro aspecto positivo, de acordo com Berwanger.

“Uma coisa interessante é que funcionou com os tratamentos convencionais. Outros estudos foram feitos com imunomodulador. A diferença desse é que o benefício ocorre em cima do corticoide. O resultado é muito motivante e positivo. E neste estudo, a medicação foi muito segura. Os eventos adversos graves foram semelhantes ao do grupo placebo.”

Embora o resultado seja animador, Berwanger destaca que isso não significa que se trata de um novo tratamento para combater a Covid-19 nem que qualquer paciente pode tomá-lo.

“A medicação foi utilizada em pacientes que não tinham contra-indicações, na dose correta, com acompanhamento diário dos pesquisadores e em ambiente controlado e no hospital. Neste momento, está saindo o resultado da pesquisa.”

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