O Ministério da Saúde confirmou na sexta (7), o primeiro caso mpox (antiga varíola dos macacos) no Brasil causado por uma nova cepa do vírus, chamada 1b. O caso foi registrado em São Paulo, em uma mulher de 29 anos.
MPOX é registrado no Brasil – Foto: Shutterstock/ND
Conforme o Ministério da Saúde, ela teve contato com um familiar do Congo, país africano, onde a doença é endêmica. A nova cepa é resultado de uma variação genética do vírus que já circulava no país.
De acordo com o ministério, não foram identificados outros casos. A vigilância sanitária municipal de São Paulo está rastreando possíveis contatos da paciente. Até agora, apenas a cepa 2 do vírus tinha sido identificada no Brasil.
A mpox é causada pelo vírus MPXV. A transmissão ocorre por contato com pacientes infectados ou por materiais contaminados pelo vírus. Abraços, beijos e relação sexual com pessoas contaminadas oferecem risco, assim como o contato com lesões na pele, feridas, bolhas ou secreção.
Geralmente, a mpox apresenta quadros leves e moderados que duram de 2 a 4 semanas. Os pacientes costumam ter lesões na pele, como bolhas e feridas, além de febre, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Os sintomas podem aparecer até 21 dias após a infecção.
O caso da nova cepa foi confirmado por laboratório, segundo o ministério. A análise sequenciou o genoma completo do vírus, que é muito próximo aos casos da cepa 1b detectadas em outros países.
No Brasil, foram 2.052 casos da doença em 2024. Neste ano, são 115 casos até fevereiro. Não foi registrada nenhuma morte por mpox no País nos últimos dois anos. O ministério afirma que os pacientes geralmente apresentam sintomas leves e moderados.
O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas procurem uma unidade de saúde. Elas devem informar se tiveram contato com alguém doente e, se possível, evitar atividades sociais e coletivas e contato próximo com outras pessoas.