O mês de novembro foi o pior no que se refere aos casos de Covid-19 em Santa Catarina. A soma dos números – divulgados diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que foram 112 mil novos casos da Covid-19 nos 30 dias.
Isso significa que foram, em média, cerca de 3,7 mil por dia, ou ainda 2,6 casos por minuto. Esse número mensal é o mais crítico até então, sendo que do dia primeiro de agosto ao começo de setembro, período considerado o pico da pandemia até então, foram 93 mil casos confirmados.

O aumento no número de casos novos pode ser percebido no mapeamento de risco do Governo do Estado, que possui praticamente todo o território na cor vermelha – situação de 13 das 16 regiões de saúde -, representando o risco potencial gravíssimo. O mapeamento deve ser atualizado nesta quarta-feira (2).
No mês de novembro, adolescentes e jovens foram os mais afetados pelo crescimento de casos. De acordo com o último boletim do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense), entre os dias 1º e 28, o número de infectados entre 10 e 29 anos cresceu 38%.
No momento, a maioria dos especialistas considera a alta um fenômeno que resulta das quebras de isolamento social, especialmente as vistas em feriados, e os eventos, considerando a existência de festas clandestinas.
Dezembro começa com mais de 8 mil casos 2e6260
Nesta terça-feira (1º), Santa Catarina confirmou 8.201 casos da Covid-19 nesta terça-feira , a segunda maior alta do Estado desde o início da pandemia, atrás somente da do último sábado (28), que registrou mais de 9 mil confirmações.
Desde o início da pandemia, foram registrados 372.545 casos de Covid-19 em Santa Catarina. Destes, 336.458 pessoas já estão recuperadas, o que representa 90,3% do total, índice que segue em retração há semanas.
Também foram registradas 3.809 mortes até agora, com a inclusão de 47 nas últimas 24h. A taxa de letalidade atual é de 1,02%, a menor do país.
A maior concentração segue em Florianópolis, que soma 32,9 mil casos até então.
A capital, porém, tem 237 mortes, menos do que as 399 de ville, o que é utilizado como justificativa da prefeitura para afirmar que Florianópolis não é necessariamente o epicentro, mas sim a cidade que mais testou.
Em seguida, em total de casos confirmados:
- ville: 31.824
- Blumenau: 20.363
- São José: 17.997
- Criciúma: 13.040
- Palhoça: 12.216
- Balneário Camboriú: 12.045
- Itajaí: 11.759
Lotação de hospitais diminui, mas ocupação segue acima de 80% 2i33s
A lotação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) teve uma baixa no índice, que bateu a marca de 87% também no sábado. Atualmente, são 8,4 a cada 10 leitos que estão ocupados.
Ou seja, dos 1.445 ativos, 1.226 estão ocupados, sendo 602 por pacientes da Covid-19 e 624 por pacientes com outras enfermidades.
Isso deixa 219 leitos livres em todo o território catarinense. Mas, mesmo com esse número, são seis hospitais superlotados, número que apresenta uma queda com relação aos últimos dias, que tiveram mais de uma dezena de unidades sem fôlego.
Unidades totalmente lotadas:
- Hospital Bethesda, em ville
- Hospital Bom Jesus, em Ituporanga
- Hospital de Caridade Bom Jesus dos os, em Laguna
- Hospital e Sagrada Família, em São Bento do Sul
- Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages
- Maternidade Darcy Vargas, em ville
Somente a última unidade não possui pacientes da Covid-19, sendo que a mesma não oferta leitos adultos. Duas delas, porém, possuem todos os seus leitos ativos com pacientes da Covid-19.
Em termos regionais, o Sul, e a Serra e Meio-Oeste catarinense somam os índices mais críticos, ambas com 88% de ocupação global.
No mapeamento estadual, que aponta 13 das 16 regiões de Santa Catarina como em Estado gravíssimo, são nove que estão com capacidade de atenção perto do limite.
A variável mensura a capacidade da região atender pacientes, sendo que a Foz do Rio Itajaí e o Extremo Oeste catarinense são as únicas regiões com risco reduzido.
Isolamento 1y3v45
Refletindo dados colhidos na segunda-feira (30), foram 38% dos catarinenses em casa, um índice que fica praticamente na média nacional, que é de 38,1%.
Os dados são da plataforma In Loco, que mapeia 1,5 milhão de catarinenses via smartphone.
No ranking de Estados, Santa Catarina ocupa a 11ª posição, e quem é o Distrito Federal (44%), e em seguida, os Estados do Amazonas e do Acre, ambos com índice de 43%.
Vale ressaltar que as quebras de isolamento foram o principal motivo apontado por especialistas da saúde quando questionados sobre as altas desta e da última semana, que ocorreu alguns dias depois de feriados com praias lotadas.