Desde o início do ano, Santa Catarina registrou 166 casos de esporotricose em animais e 26 em humanos. Os dados foram levantados pela DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) a pedido do ND Mais, e evidenciam a presença da doença no estado.
Transmitida por gatos e podendo causar lesões na pele, esse tipo de micose é tratada pelo Ministério da Saúde como um “grave problema” após avanço do número de casos em estados como o Rio de Janeiro, que registrou 1.517 casos em humanos em 2022 (uma morte) e 760 em 2023.

Outros estados que também registraram um alto número de casos, de acordo com o levantamento realizado pelo portal UOL, são Minas Gerais, com 517 registros em 2023, e Paraíba, com 431 casos e uma morte.
Situação em SC 7135a
De acordo com a DIVE, 11 municípios catarinenses registraram casos de esporotricose em humanos em 2023. Apenas em Itajaí, foram 8 pessoas infectadas.
- Araranguá 1
- Balneário Camboriú 1
- Chapecó 1
- Curitibanos 3
- Erval Velho 2
- Itajaí 8
- Jaraguá do Sul 1
- ville 6
- Rio Rufino 1
- São Joaquim 1
- Sombrio 1
Já com relação a casos em animais, foram 166 registros confirmados, com destaque para Itajaí (44) ville (38) e Urubici (16). Mas o número pode ser subnotificado, já que “a esporotricose não é uma doença de notificação compulsória”, destacou a DIVE.
O que é a esporotricose 5d4d4d
Causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, a doença avança em alguns estados do Brasil e virou até tema de um alerta emitido pela Sociedade Brasileira de Infectologia, que trata a condição como uma zoonose.
A esporotricose é uma micose transmitida entre gatos e, deles, para cães e até seres humanos através de mordidas, arranhões e do contato com as lesões dos infectados. O fungo pode estar presente nas garras, na saliva e no sangue dos gatos.
Nos felinos, ela se manifesta com feridas na pele que não cicatrizam, e podem ter bastante crosta. A orientação aos tutores é levar o pet ao veterinário nos primeiros sinais.
“Em seres humanos a esporotricose é benigna, mas pessoas imunodeprimidas merecem atenção, porque nelas há a possibilidade de evolução para formas graves. É o caso de pacientes com HIV e câncer e idosos com o sistema imune comprometido, por exemplo”, orientou ao UOL a infectologista do Hospital Osvaldo Cruz, Helena Lemos Petta.