Ao menos 314 pessoas em Santa Catarina tem ELA (Esclerose Lateral Múltipla). A doença que matou Fernando Nunes Füchter, herdeiro da Le Monde Citroën, nesta segunda-feira (6) traz alerta importante para a população.

De acordo com a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), o número pode ser ainda maior. Isso porque o dado leva em conta apenas as pessoas que fazem uso de medicamentos/atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Como não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, os médicos não precisam nos notificar sobre quem é diagnosticado, esse é o dado palpável que temos”, explica a pasta.
A doença 5v395b
Segundo o Ministério da Saúde, ELA ou Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível.
Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar. O físico britânico Stephen Hawking, que morreu em 2018, foi um dos portadores mais conhecidos mundialmente da ELA.

Não há cura para a Esclerose Lateral Amiotrófica. Com o tempo, as pessoas com doença perdem progressivamente a capacidade funcional e de cuidar de si mesmas.
A morte, em geral, ocorre entre três e cinco anos após o diagnóstico. Cerca de 25% dos pacientes sobrevivem por mais de cinco anos depois do diagnóstico.
Confira os sintomas: 1o2d3g
- Perda gradual de força e coordenação muscular;
- Incapacidade de realizar tarefas rotineiras, como subir escadas, andar e levantar;
- Dificuldades para respirar e engolir;
- Engasgar com facilidade;
- Babar;
- Gagueira (disfemia);
- Cabeça caída;
- Cãibras musculares;
- Contrações musculares;
- Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);Alterações da voz, rouquidão;
- Perda de peso.
Causas de ELA 2m6wt
Segundo o Ministério da Saúde, as causas da ELA ainda não sejam completamente compreendidas. Só para se ter uma ideia, aproximadamente 10% dos casos são atribuídos a defeitos genéticos.
Essa condição progressiva afeta os neurônios, responsáveis por transmitir mensagens aos músculos. Com o tempo, ocorre o desgaste e a morte desses neurônios, levando ao enfraquecimento muscular, contrações involuntárias e perda de mobilidade nos braços, pernas e corpo.
O quadro da ELA piora gradualmente, e quando os músculos do peito perdem a capacidade de funcionar, a respiração autônoma torna-se desafiadora.
Além dos fatores genéticos, a ELA pode também estar relacionada a outros elementos, como mutações genéticas, desequilíbrios químicos no cérebro (com níveis elevados de glutamato, que são tóxicos para as células nervosas), doenças autoimunes e possíveis influências do mau funcionamento das proteínas.
Doença rara 332f6g
Doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, o que equivale a 1,3 pessoas para cada 2 mil. Estima-se que existam de 6 a 8 mil tipos diferentes de doenças raras em todo o mundo.
Elas apresentam uma grande diversidade de sinais e sintomas, variando de pessoa para pessoa. Às vezes, os sintomas podem parecer comuns, o que torna o diagnóstico difícil e causa muito sofrimento tanto para os afetados quanto para suas famílias.