Hello, Leitores!!! “A cada 45 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo”. O alerta é do “Dr. Bornout“, médico e pesquisador José Fernandes Vilas, especialista em Neurologia e Psiquiatria Clínica. No mês em que se faz a Campanha Setembro Amarelo, de conscientização pela vida, ele, que atende pessoas com a Síndrome do Esgotamento Profissional, lembra que a enfermidade pode levar à depressão e ao suicídio.
Pessoa com nível de estresse elevado no trabalho, @creatvimarket/ND“Quando a pessoa entra em uma empresa, ela é movida por um sonho e faz tudo para crescer. Só que à medida em que vai se dedicando, deixa de lado o autocuidado, a família e os amigos. O trabalho vai lhe consumindo e sendo sua única companhia. Quando ela entra em Burnout, ou seja, em plena exaustão, se sente só porque se distanciou de todos que a apoiavam. E em uma crise de identidade, por ter aberto mão dos vínculos afetivos, o desespero pode ser mais forte que a razão e aí ela pode tomar uma atitude impulsiva relacionada ao suicídio.” Me afirmou o médico especialista.
Se você se identifica com a carga excessiva de trabalho, o afastamento de toda sua rede de apoio – amigos e família – e só vive para o trabalho, a luz amarela acendeu. José Fernandes Vilas, conhecido como Dr. Burnout, dá cinco dicas práticas para impedir o avanço da Síndrome do Esgotamento Profissional.
Bora conferir as dicas?
Tenha boas noites de sono: “Quem não dorme, não descansa. O sono é fundamental para equilibrar nosso ciclo sono/vigília. Para manter-se saudável, nosso organismo precisa do dia – do contato com o sol, com a natureza, com as coisas – e da noite para o descanso. Isso é algo fisiológico. Quem não dorme ou dorme mal, não produz bem no dia seguinte. São necessárias, no mínimo, seis horas de sono para que a pessoa tenha bons resultados”;
Pratique algum exercício físico: “A Organização Mundial da Saúde preconiza que tenhamos no mínimo 150 minutos de atividade física por semana para sairmos do sedentarismo. Então, escolha o que te faz bem e se exercite um pouco durante a semana. O importante é manter a meta de qualquer atividade física que afaste o sedentarismo o que, automaticamente, vai diminuir o estresse”;
Estabeleça contato com a natureza: “Qualquer tipo de prática em que você insira a natureza é válida, nem que seja um quadro na parede de uma paisagem ou um cantinho em casa em que se tenha vasinhos de planta. Isso já ajuda a modular o estresse. Mas, o que de fato resolve, são 120 minutos por semana de contato com a natureza. Exemplo: caminhar em um parque entre as árvores. Preserve seu final de semana e o preencha de atividades que te façam bem. A ação da natureza no organismo é uma ação de renovação comprovada pela ciência”;
Alimente-se saudavelmente: “A serotonina, que é o nosso neurotransmissor da felicidade, é produzida 90% no intestino. Então, alimente-se de forma saudável. Um intestino inflamado não produz serotonina e você terá problemas com a questão do bem-estar e do humor”;
Use fitoterápicos, chás e florais antiestresse: “Fitoterápicos que eu recomendo: iflora, rhodiola rósea, valeriana, melissa, theanina e griffonia simplicifolia, entre outros. Os chás, podem ser de alfazema, erva-cidreira, maçã, tília, maracujá e valeriana ou iflora, entre outros. Os florais, recomendo os de Bach – Mustard, Olive, Impatiens e Rock Rose e os de Saint Germain – Cidreira, Melissa, Lírio da paz, São Miguel e Verbena.”
Mais empatia: “As pessoas não querem morrer”, afirma ele novamente.
Autor do Best-seller “Quando o Sucesso Vira Burnout”, José Fernandes Vilas faz uma advertência aos empresários, para que olhem com mais empatia a situação dos seus funcionários: “É preciso falar sobre saúde mental no trabalho. As pessoas não querem morrer; elas querem parar de sofrer.
E o suicídio por Burnout acontece da mesma forma. As pessoas não querem parar de trabalhar. Elas querem parar de estar sempre exauridas ou sem força. Por que não podemos ajudar esse profissional que precisa de ajuda? Vamos estimulá-lo a levantar a mão e pedir socorro antes que seja tarde demais. Isso fortalece o time e faz com que ele retorne à produtividade sustentável naturalmente.
A empresa ganha quando todos os jogadores estão saudáveis, felizes e fazendo o que sempre amaram fazer”, conclui o médico.
