As consequências do tabagismo são atribuídas a cerca de cinco milhões de mortes ao ano, segundo dados da Sociedade Americana do Câncer. Mas, além do tradicional cigarro, o formato mais moderno – o eletrônico, popularmente conhecimento como vape – também representa um risco à saúde dos usuários.

Uso do vape está ligado ao risco de câncer, alerta especialista 706p4h
Segundo a oncologista Ana Galdino Franzoni, o tabagismo aumenta em 20 vezes o risco de morte por câncer de pulmão e também está associado ao desenvolvimento de neoplasias de cavidade oral, seios paranasais, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, cérvice uterina, rim, cólon, reto, bexiga e até leucemia em adultos.
“Os produtos mais recentes e controversos que potencialmente influenciam o risco de câncer de pulmão são os sistemas eletrônicos de istração de nicotina. No entanto, o vape permite que o líquido seja aquecido para criar um aerossol contendo nicotina e substâncias como aromatizantes, propilenoglicol, glicerina vegetal e outros ingredientes que o usuário inala”, explica a especialista.
Uma pesquisa publicada na revista científica World Journal of Oncology apontou que pessoas que utilizam o vape são diagnosticadas com câncer pelo menos 20 anos antes do que o público que consome os cigarros tradicionais.

Outros pontos identificados pela pesquisa: 6y4l4n
- O uso de vape apresenta um risco de câncer 2,2 vezes maior do que nos cigarros tradicionais, que é de 1,96.
- Cigarros eletrônicos também aumentam o risco do surgimento de tumores.
- O uso prolongado também pode prejudicar a circulação e facilitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Embora os componentes do vapor do cigarro eletrônico sejam diferentes dos cigarros de tabaco tradicionais, os estudos sugerem que o formaldeído, o acetaldeído e as espécies reativas de oxigênio estão presentes em concentrações suficientes para causar danos inflamatórios às vias aéreas e aos tecidos pulmonares.
Os aerossóis do vape também podem conter hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, nitrosaminas e metais vestigiais, podendo contribuir para a tumorigênese.
Parar o tabagismo promove, segundo a médica, a redução no índice de óbitos por doenças relacionadas ao cigarro e a mortalidade de um modo geral.

“Cessar o tabagismo deve ser fortemente incentivado e combinado a medidas comportamentais e farmacológicas necessárias para que essa decisão seja bem-sucedida”, completa a oncologista.
Após 15 a 20 anos de abstinência, o risco de desenvolver câncer de pulmão é semelhante ao de pessoas que nunca fumaram.