A segunda equipe de bombeiros de Santa Catarina embarcou neste domingo (27) para auxiliar nas buscas por vítimas da tragédia em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Para entender melhor o trabalho do Corpo de Bombeiros na serra fluminense, o Balanço Geral Florianópolis conversou com o comandante da primeira equipe de SC que atuou no local, o capitão Alan Delei Cielusinsky.

O capitão deixou claro que “faz parte da profissão estar prontos para esse tipo de situação seja dentro ou fora do nosso estado”. Além dele, faziam parte da equipe os seguintes binômios: o sargento Romão e o cão Bravo, o soldado Amorim e a cachorra Moana, e o soldado Galli com Sasuke.
“O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina mais uma vez empregou suas equipes tecnicamente preparadas e adestradas para esse fim, seja no emprego dos cães farejadores, algo que é referência na nossa doutrina aquino estado, seja na intervenção nas áreas deslizadas, uma área de atuação dos Bombeiros aqui do nosso estado que também é bastante desenvolvida. E foi esse conhecimento que a gente levou para auxiliar nas buscas na região de Petrópolis”, explicou Cielusinsky.
Para o capitão, numa situação como a da tragédia de Petrópolis, “os cães são fundamentais. Não tem como localizar as pessoas sem o emprego dos cães farejadores. Isso é um trabalho sério. Diga-se de agem, quase todos os estados da corporação enviaram homens e cães treinados e devidamente certificados para esse trabalho. E demonstrou a importância e a qualidade desse serviço no Brasil”.
Durante sete dias de trabalho, a primeira equipe de bombeiros catarinenses encontrou 15 vítimas do desastre ambiental na serra fluminense. Também foram localizados vários resquícios de corpos em meio aos escombros. Peritos do Rio de Janeiro trabalham na análise do DNA para descobrir a quem os órgãos pertencem.
Segundo Cielusinsky, “o mais difícil lá é o próprio terreno. A inclinação, o desastre em si, a dinâmica como um todo. Foi um morro que desceu e levou mais de 60 casas. Isso gera muito entulho, muito detrito, muita lama depositada. Então, além do próprio terreno que é muito exaustivo tanto para homens quanto para cães, o risco iminente de novos deslizamentos era muito grande. Tanto que várias vezes nós tivemos que evacuar o local”.
Na manhã desta segunda-feira (28), a equipe catarinense foi acionada para auxiliar na procura de vítimas de dois ônibus que caíram em um rio.
Saiba mais sobre o trabalho dos bombeiros catarinenses em Petrópolis na entrevista do BG Floripa.