O advogado preso em Balneário Camboriú na noite desta quarta-feira (4), que se entregou à polícia depois de quase 24h de negociações, após matar a namorada, foi encaminhado para um presídio. Paulo Carvalho de Souza, de 42 anos, foi transferido para o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, no bairro Canhanduba, em Itajaí.

O delegado Ícaro Malveira, responsável pelo inquérito, pediu a prisão do homem por ocultação de cadáver. Quanto ao crime de homicídio, não houve o flagrante pois havia ado mais de 24h desde o ocorrido.
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O pedido de prisão preventiva de Paulo deve sair a qualquer momento. Às 11h desta quinta-feira (4), a Polícia Civil realizará uma coletiva de imprensa para esclarecer o inquérito.
A vítima foi a advogada Lucimara Staziak, de 30 anos. Ela era formada em Blumenau e terá o corpo cremado em Itajaí. Às 15h desta quinta, haverá uma celebração em Blumenau, onde a família dela mora. “Ela era uma menina trabalhadora, que lutou pra ser advogada e estudar para ser juíza”, disse Jucelia Rodiak, tia da vítima.
Paulo se entregou aos policiais por volta das 18h30 de quarta-feira (3), no momento em que o Bope se preparava para invadir o apartamento. Ele ameaçava pular do sétimo andar de um prédio localizado no Centro de Balneário Camboriú.
O advogado confessou o feminicídio de Lucimara, com quem morava no apartamento e tinha um relacionamento há pouco mais de dois anos. Ele apresentava cortes nos pulsos e foi atendido pelo Samu.
Confira o momento em que o advogado que manteve corpo de mulher em apartamento de Balneário Camboriú se rendeu. Saiba mais: https://t.co/xpklNj81iQ pic.twitter.com/j2zEeD50xj
— ND Mais (@ND_mais_) April 4, 2019
Atitudes suspeitas
Na última quinta (28), moradores do prédio notaram que ela não foi mais vista no local e familiares perderam o contato com mulher. Em meio à desconfiança, vizinhos viram Paulo entrando no prédio com vários pacotes de gelo.
Após receber a denúncia dos vizinhos, a PM foi ao prédio e procurou pelo casal, mas não encontrou sinais de que havia alguém em casa. Os agentes permaneceram lá, até que a central da polícia recebeu uma ligação – do próprio Paulo – questionando o motivo da presença policial. Ele informou que a namorada estava em Blumenau e que ele estava a caminho da rodoviária. Foi então que os policiais se dirigiram a um apartamento próximo e avistaram o homem dentro de casa.
Paulo itiu o crime para os agentes e ou a ameaçar que iria se jogar da sacada do apartamento. Os policiais militares deram início à negociação, por volta das 18h30, que foi assumida por um especialista do Bope.
Paulo justificou à polícia que teria tido um “surto psicótico” e que teria “confundido a mulher com aranhas”. Luciana foi encontrada morta sobre a cama, com golpes de faca.
