Após oito horas mantido como refém no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, conhecido como Canhanduba, um agente de controle foi liberto, por volta das 21h desta sexta-feira (14). Segundo informações da Sejuri (Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social) e do Bope, ninguém ficou ferido na ação e, tanto o agente sequestrado quanto os detentos, estão ilesos.

“Toda a assistência médica e psicológica está sendo garantida ao funcionário e a Sejuri já instaurou um procedimento interno para apurar todas as circunstâncias do fato”, declarou a secretaria, em nota oficial.
A identidade do agente de controle, que trabalha como terceirizado em Camhanduba, não foi divulgada. Tampouco a dos detentos que o sequestraram.
Agente foi mantido por oito horas como refém em presídio de Itajaí 1w3sw
Por volta das 13h, cinco detentos de uma cela conseguiram render um agente de controle. O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar) foi acionado e ou o dia no local negociando com os detentos. Apesar do sequestro, a Sejuri descartou a hipótese de rebelião.

Versões sobre o motivo do motim conflitam 1o6s3b
O advogado Luís Veiga, representante da OAB de Balneário Camboriú, esteve no local e avaliou que o motim seria uma atitude isolada de integrantes de uma mesma cela. Segundo o advogado, que concedeu entrevista ao Cidade Alerta SC, o sequestro teria como finalidade pressionar o Estado a transferir os presos a suas comarcas de origem.
No entanto, a versão é rebatida pela Sejuri e pelo Bope. “Foi um oportunismo que eles tiveram. E a partir disso acabaram reivindicando questões como falta d’água, alimentação, saúde, enfim… fatos que sempre são reivindicados pelos presos”, declarou a secretária de Estado de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva, em coletiva de imprensa após a libertação do agente sequestrado.
Na mesma coletiva, o tenente-coronel Mlanarczyki, do Bope, acompanhou o discurso da secretaria e disse que a versão da OAB não se confirma. “Em momento algum os presos tiveram essa movimentação [de reivindicar troca de comarca]. Inclusive, na tratativa com a própria juíza responsável, ela deixou bem claro que não era isso”, afirmou Mlanarczyki.