Um motim na Penitenciária de Canhanduba, onde um agente de controle foi feito de refém, marcou a sexta-feira (14). O complexo prisional, que tem capacidade de aproximadamente 2100 detentos, tem um histórico de tumultos.

O Complexo Penitenciário do Vale Do Itajaí possui tanto um presídio masculino quanto um feminino. Segundo a Sejuri, são aproximadamente 1.160 vagas no presídio masculino.
Na Penitenciária Masculina de Itajaí não há agentes penitenciários atuando, uma vez que ela funciona em um regime de cogestão, onde a gestão é feita por policiais penais e a operacionalização é realizada pela empresa.
Penitenciária de Canhanduba tem histórico de rebeliões 2d436g
Além do motim desta sexta-feira (14), o caso mais recente é de 2019, onde também cinco detentos mantiveram três agentes como reféns.
Na época, o Deap (Departamento de istração Prisional), informou que o tumulto iniciou no horário de visita da penitenciária e os detentos utilizaram pedaços de pisos quebrados, um extintor de incêndio e barras de ferro para render os agentes e impedir a saída deles de uma cela. A rebelião durou cerca de 5h.

Em 2016, um agente terceirizado foi rendido e feito refém por 15 presos, durante 30 minutos. Os detentos eram do “seguro”, ala onde ficam estupradores e jurados de morte.
Agente refém em presídio de Itajaí 4y343x
O motim no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, conhecido como Canhanduba, tem o objetivo de pressionar o Estado a transferir os presos a suas comarcas de origem, segundo informou advogado Luís Veiga, representante da OAB de Balneário Camboriú.
O motim começou por volta das 13h desta sexta-feira (14) e terminou somente às 21h, com a libertação do agente penitenciário. Segundo informações da Sejuri (Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social) e do Bope, ninguém ficou ferido na ação e, tanto o agente sequestrado quanto os detentos, ficaram ilesos.