Investigados por desviar recursos no combate à pandemia da Covid-19, no Sul de Santa Catarina, podem ser condenados até 28 anos de prisão pelos possíveis crimes de organização criminosa, peculato e fraude ao caráter competitivo de licitações.

Segundo a PF (Polícia Federal), os desvios são próximos de R$ 6 milhões e podem envolver servidores públicos e empresários dos municípios de Sombrio, Araranguá, o de Torres, Jacinto Machado, Praia Grande, Timbé do Sul, São João do Sul e Camboriú.
Eles já eram investigados desde setembro de 2020, quando uma denúncia apontou excesso no volume de aquisições e sobrepreços de produtos adquiridos por uma secretaria municipal de saúde.
Na época, os agentes desencadearam a primeira fase da Operação Fuscus, que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Turvo e Sombrio e apurou desvios de R$ 1,7 milhões.
Após as fiscalizações, conforme a PF, os investigados seguiram com as condutas suspeitas, o que motivou a deflagração da segunda fase da operação nesta quinta-feira (4).
Ao todo, 26 mandados de busca e apreensão em endereços de órgãos públicos, empresas, servidores públicos e empresários em oitos cidades foram cumpridos pela manhã.
A investigação apura supostas fraudes na compra de medicamentos, insumos e EPIs que não teriam sido entregues ao Poder Público.