O adolescente de 13 anos, autor do ataque a Escola Estadual Thomazia Montoro que deixou uma professora morta e outras quatro pessoas feridas, foi transferido para uma unidade da Fundação Casa, na capital paulista, na noite desta segunda-feira (27).
De acordo com a Fundação Casa, o judiciário marcará uma audiência da Vara da Infância e Juventude, que ainda não tem data definida. O estudante poderá ficar até 45 dias internado na unidade, onde ele ará por uma análise.

À Record TV, o delegado Marcos Vinicius Reis, do 34° Distrito Policial, responsável pela investigação, contou que 32 testemunhas – entre elas a diretora, professoras e alunos – já prestaram depoimento.
A polícia ainda vai investigar se o jovem teve algum tipo de ajuda para realizar o ataque e se planejava também ferir membros da sua família e a si próprio.
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, também informou, durante entrevista coletiva, que o adolescente fez uma publicação no Twitter sobre o crime. O perfil do estudante, porém, era ao público. A polícia conseguiu descobrir as informações pelo celular do próprio autor do ataque, que foi apreendido.
Agora, os investigadores vão identificar quem foram as pessoas que interagiram com o adolescente, de acordo com o secretário.
Durante o ataque, o aluno usava máscara de caveira que é a mesma utilizada no massacre em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e no atentado em Aracruz (ES). A bandana preta é conhecida por ser um símbolo de supremacistas americanos.
Professora tem quadro estável 5f5831
A professora Ana Célia da Rosa, ferida durante o ataque, tem quadro estável de saúde após ter ado por uma cirurgia para a sutura dos ferimentos, no início da tarde desta segunda-feira (27).
Quatro vítimas — dois alunos e outras duas professoras, com ferimentos leves — já tiveram alta e am bem, segundo informações do Governo do Estado de São Paulo.
Elisabeth Tenreiro, professora de 71 anos a quem o adolescente de 13 anos desferiu os golpes de faca, foi a única pessoa que não sobreviveu.
Tenreiro havia sido encaminhada ao Hospital Universitário da USP em estado grave, mas não resistiu e morreu.
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“Mas que outros colegas dele ali dessa rede social tinham ciência, até pelo número de curtidas de cada comentário dele ali, a gente vai investigar. […] Todo mundo que clicou e curtiu algum comentário ou fez algum comentário em cima de uma postagem dele vai ser objeto de apuração por parte da Polícia Civil. Sendo alguém com menos de 18 anos de idade, os responsáveis vão ser chamados”, afirmou o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
Mesmo aposentada, professora morta trabalhava por amor 4mw
Mãe, avó, química, professora, carinhosa, amorosa e solícita. Estas são algumas das palavras escolhidas pela família para descrever Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que morreu após ter sido atacada por um aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital, nesta segunda-feira (27).
Elisabeth era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz, no qual atuou na área de planejamento e desenvolvimento de atividades ao longo de 40 anos. A partir de 2013, ela ou a se dedicar ao ensino de crianças e, desde o início deste ano, dava aulas de ciências na unidade em que ocorreu o ataque.
Ao R7, o sobrinho da vítima, Gustavo Barros, conta que a tia Beth, como ela era conhecida pela família e alunos, gostava muito de ajudar as pessoas e era extremamente carinhosa. “O objetivo de vida dela era fazer pelo menos uma criança vencer por meio da educação”, afirma.
Apesar de já ser aposentada, a química decidiu seguir o caminho do magistério em dedicação aos estudantes, de acordo com o sobrinho. “Ela sempre foi um amor e vai fazer muita falta”, lamenta.

Gustavo também relembra com carinho as viagens que fez na infância e na adolescência, entre os anos 1990 e 2000, com a tia Beth e os primos para Itanhaém, no litoral de São Paulo. A professora deixa três filhos — Fernanda, Marco e Liciana — e quatro netos.
Para Gustavo, outro momento marcante de seu relacionamento com a tia foi no dia do seu casamento, há quatro anos. Como ele havia perdido a mãe havia pouco tempo, estava muito emocionado durante a cerimônia, por isso Elisabeth foi essencial para acalmá-lo e consolá-lo.